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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Comemorar a Rádio.



Hoje é o dia Mundial da Rádio.

Ao contrário do vaticinado, a rádio ainda continua a ser uma grande companhia.

É no rádio que ouço as primeiras notícias do dia.

É “a” Rádio que me acompanha nas viagens, curtas e longas.

É “a” Rádio que me dá a conhecer a voz de muita gente, conhecida e desconhecida.

É “a” Rádio que me recorda as musica da minha vida e me dá a conhecer as novas correntes.

Um rádio aceso permite-se trabalhar, sem me distrair com o ruido das imagens, e acompanhar o mundo, nas suas mais variadas facetas. É como um comboio, mais humano que um automóvel.  

Muito das minhas memórias estão ligadas ao rádio.

Ainda me recordo de seguir de madrugada, quando era miúdo, os relatos dos jogos de hóquei em patins  e de futebol, muitas vezes realizados de madrugada em países distantes, debaixo dos lençóis, às escondida dos meus pais.

Foi escutando clandestinamente as emissões da BBC em português que tomava conhecimento do mundo sem censura.

Foi pela rádio que acompanhei, minuto a minuto, esse dia “claro e límpido” que foi o 25 de Abril e tantos outros acontecimentos.

Tive ainda o privilégio de ter participado no movimento das “rádios piratas”, aprendendo muito e fazendo grande amigos.

Ainda hoje a rádio continua a ser mais rápido a divulgar as últimas notícias.

É na rádio que trabalham os melhores jornalistas e se formaram os melhores jornalistas, mesmo que muito a tenham abandonado pela televisão.

Ao contrário do vaticinado, não foi o vídeo que acabou com os “radio star”, porque a rádio sobrevive e o vídeo já passou à história…

Estou convencido que as primeiras noticias de outras vidas no universo nos vão chegar primeiro pelas ondas da rádio.

E estou também convencido que, depois do Mundo acabar, as ondas da rádio vão sobreviver e vai ser o que resta da memória da existência da nossa espécie.

Saudemos este dia, hoje e sempre.

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