Foi patética aquela imagem de uma feliz e
sorridente Maria Luísa Albuquerque, tal colegial embevecida, ao lado do sinistro
sr. Schãuble, ministro das finanças de Merkel.
Sinistras foram também as afirmações daquele corrupto ministro alemão
(envolvido num escândalo de lavagem de dinheiro de um seu amigo traficante de
armamento através de financiamentos ilegais ao seu partido (ver AQUI)…), mentindo sobre a
realidade social e económica dos portugueses, ao elogiar o “bom resultado” da
aplicação do programa de ajustamento em Portugal.
O sr. Schãuble ainda pode ter a dupla desculpa de, por um lado, estar do
lado dos que beneficiaram com a crise ( o corrupto sistema financeiro europeu que ele representa) e, por outro, poder estra
mal informado e mal aconselhado sobre a realidade dos portugueses.
Já a Ministra das Finanças de Portugal tinha, no mínimo, a obrigação de
defender os portugueses que foram espoliados e humilhados pelos erros do
programa de “ajustamento” imposto pela troika .
Mas não. O que vimos foi aquele risinho alarve e uma declaração de “aluna”
bem comportada, prometendo que iria continuar a aprofundar a aplicação do criminoso
programa social e económico imposto pela troika.
Claro que a srª. Albuquerque se limita a confirmar declarações públicas
do presidente da República e do seu governo liderado por Passos Coelho em
defesa da austeridade, em muitos casos mais alemães que a própria Alemanha,
revelando um misto de desorientação face ao novo discurso que vai surgindo cada
vez e com mais peso no seio da União Europeias e, por outro, de extremismo e
fanatismo político em defesa dessas medidas que estão a arruinar o projecto e
os cidadãos europeus, oferecendo o poder de bandeja à extrema-direita e ao
populismo.
Reconhecer os erros , como o fez horas depois o sr. Juncker( ver "Pecámos contra a dignidade" da Grécia e de Portugal, diz Juncker ), seria um desastre político para um governo e um conjunto de políticos, em Portugal e na Europa, que defenderam cegamente o programa imposto pela troika, indo mesmo “além da troika” e seria o descrédito total do programa político que foi imposto aos portugueses por Cavaco e Coelho que se comportaram como meros capatazes da troika.
Como português senti-me humilhado e ofendido por esse momento de total submissão aos coveiros do Estado Social Europeu, vendo o meus país ser exibido como mero troféu de caça ou um pin na lapela do sr. Schãuble.
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