Aconteceu ontem no Parlamento e apenas mereceu destaque na Antena 1 e nalguma imprensa escrita (as televisões, como é seu hábito, nem se deram ao trabalho de destacar o facto, como ele merecia).
José António Pinto, assistente social do Porto, que se deslocou ao Parlamento para ser medalhado, em reconhecimento pelo seu trabalho junto dos mais desfavorecidos, no Dia dos Direitos do Homem, recusou a medalha, aproveitando a ocasião para manifestar a sua indignação pela situação no país:
"Deixo ficar esta medalha no Parlamento se os senhores deputados me prometerem que, futuramente, as leis aprovadas nesta casa não vão causar mais estragos na vida daqueles que, por terem deixado de dar lucro, são hoje considerados descartáveis»
(...)
"Quero emprego com direitos para criar riqueza, quero que a dignidade do homem seja mais valorizada do que os mercados, quero que o interesse coletivo e o bem comum tenham mais força do que os interesses de meia dúzia de privilegiados".
Podem ver a reportagem em baixo, da autoria da jornalista Maria Flor Pedroso,retirada do Jornal de Notícias on-line, bem como a reportagem rádiofónica da Antena 1, da autoria da mesma jornalista, e ainda a opinião do blogue "Um Jeito Manso":
Podem ver a reportagem em baixo, da autoria da jornalista Maria Flor Pedroso,retirada do Jornal de Notícias on-line, bem como a reportagem rádiofónica da Antena 1, da autoria da mesma jornalista, e ainda a opinião do blogue "Um Jeito Manso":
"José António Pinto deixou medalha de ouro no Parlamento em sinal de protesto
10 Dez, 2013, 14:35 / atualizado em 10 Dez, 2013, 14:39
"José António Pinto deixou esta tarde na Assembleia da República a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos, que lhe tinha sido entregue como reconhecimento pelo seu trabalho no Porto. O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã afirmou que trocava a medalha por outro modelo de desenvolvimento económico.
"A sala irrompeu em palmas e ainda ouviu José António Pinto instar os governantes a estancarem “imediatamente este processo de retrocesso civilizacional que ilumina palácios, mas ao mesmo tempo deixa pessoas a dormir na rua”.
“Não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma digna dentro desta casa e quando reivindicam os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia destas galerias”, acrescentou.
"Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Parlamento distinguiu também Farid Walizadeh com a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos. O jovem refugiado afegão de 16 anos está em Portugal desde janeiro e já é campeão nacional de boxe.
"O Prémio Direitos Humanos 2013 foi entregue à Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci) pela defesa dos interesses e direitos das pessoas com deficiência e pela sensibilização da opinião pública em relação a este tema.
(com Sandra Henriques)
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