Espero que o termo “estarola” não
seja passível de levar um processo em cima…mas com essa gente tudo é
possível…Adiante:
Um destes dias Passos Coelho
“convidava” os professores a juntarem-se à Greve Geral convocada pelas duas
centrais sindicais para o próximo dia 27, com o pretexto de evitarem assim uma
greve aos exames.
Foi a primeira vez na minha vida,
desde os “saudosos” tempos de Pinheiro de Azevedo, “responsável” pela primeira
e única greve feita por um conselho de ministros, que vejo um primeiro-ministro
a “convocar” uma classe profissional para participar numa greve geral. O
pretexto era evitar a tal greve aos exames, só que o primeiro-ministro, por
ignorância ou estupidez (ups!...mais outro prego para um processo…),
“esqueceu-se” que, no dia da greve geral ….também se realizam exames…
Segunda “estarolice”:
Neste “reino” cada vez mais
surrealista da política nacional e europeia, Cavaco Silva deu uma entrevista
sugerindo “despedir” o FMI da troika!!!
Não deixa de ser estranho que se
apontem baterias ao “polícia bom” dessa troika, a única organização que, no meio
desta gente, ainda revela algum bom senso, alguma preocupação com o crescimento,
algumas reservas ao modelo “austeritário” imposto pela Comissão Europeia e pelo
BCE, e aquela organização que empresta dinheiro a juros comportáveis e
realistas…
Ao que parece Cavaco Silva
tornou-se o porta-voz do incómodo que as últimas declarações daquela
organização, criticando o modelo seguido na União Europeia para resgatar
os países em dificuldades, provocou
junto dos irresponsáveis comissários europeus.
Como cereja em cima do bolo temos
o silêncio do sr. Barroso em relação ao crime, contra a liberdade de imprensa, cometido
pelo governo grego , ao encerrar, na forma como o fez, os canais estatais de comunicação social.
Se o que se passou na Grécia
tivesse acontecido em Cuba, na China ou na Venezuela, já andava toda essa
gente a comentar os atentados à liberdade de expressão.
Como isso se passa num país da
União Europeia, o silêncio já se torna “ruidoso”. Tal silêncio só se “percebe”
porque aquele atentado à liberdade foi cometido em nome da austeridade e da
troika e, ao que parece, com a conivência da Comissão Europeia…
Da Comissão Europeia, uma
organização não eleita e que funciona cada vez mais como uma ditadura que
governa a mando do sector financeiro contra os seus cidadãos, já nada é de
espantar…recorde-se aliás o silêncio em relação ao que se está a passar na
Hungria ou o mesmo silêncio em relação à repressão policial na Turquia…
Até quando vamos continuara a
aturar esta gente?
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