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segunda-feira, 3 de maio de 2021

“Torres Vedras Amordaçada”, na opinião de Duarte Pacheco


Foi preciso assistir a um programa humorístico na SIC, para ser confrontado com o absurdo das afirmações do candidato da coligação de centro-direita à Câmara de Torres Vedras, o deputado Duarte Pacheco.

Afirmou o candidato, na sessão de apresentação realizada a semana passada em Torres Vedras, qualquer coisa como “existir” medo em Torres Vedras de falar e fazer oposição ao poder “socialista”, que governa a Câmara local há 45 anos, e “existir” perseguição aos seus autores.

Sou muito crítico da governação “socialista” e só votei 2 ou 3 vezes no PS para a Câmara e outras tantas para a junta de freguesia, em quase uma dúzia de eleições autárquicas.

Já escrevi, por aqui e na imprensa local, muitas críticas ao poder autárquico do PS e fiz oposição ao mesmo, na Assembleia Municipal, por uma meia dúzia de anos, mas nunca me senti perseguido ou impedido de manifestar as minhas críticas ao longo poder “socialista”.

Fiquei surpreendido com a escolha do PSD para a candidatura, como se não houvesse por cá gente, dessa área política, com condições para disputar as eleições locais.

Essas afirmações veem confirmar a meu espanto por essa escolha.

Considero, aliás, que este é um autêntico “tiro no pé” do PSD e do CDS locais, num ano em que até existem condições para disputar, de forma renhida, o poder “socialista”, mas, se há novidades, elas não veem da coligação de centro-direita.

Parece que, desta vez, dominou o espírito provinciano e futebolístico de apostar em figuras públicas, da “rádio e da TV”, pouco conhecedoras da realidade local e com pouca ligação ao meio.

Ao que parece, o candidato andou a estudar por cá, nos tempos da juventude , tal como aconteceu a muito boa gente da sua geração dos concelhos vizinhos, sem que dele se conheça qualquer ligação posterior à vida do concelho, a não ser uns escritos no jornal “Badaladas”, a partir do seu lugar como deputado, mera propaganda política sem qualquer conteúdo de interesse local.

Mas, o pior de tudo, foram as tais afirmações, descrevendo este concelho como uma espécie de ilha totalitária, onde domina a perseguição e o terror político.

Quando não se apresentam ideias novas, argumenta-se com o absurdo.

Ainda bem, para quem é dessa área política,  que o centro direita tem duas alternativas credíveis a essa triste candidatura vazia de ideias.

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