"Vinhas de Outono (entre o Barro e a Ventosa)" é uma reportagem fotográfica, feita ontem, dias 19, percorrendo as encostas do Barro e o grande vale entre a Quinta da Almiara e a Adega Mãe, a caminho da Ventosa, no concelho de T, Vedras, um autêntico mar de vinhas e cores, que pode ser vista nosso blog "Vedrografias" AQUI.
Os dias que rolam, numa visão plural, pessoal e parcial de um mundo em rápida mutação. À esquerda, provocador e politicamente incorrecto, mas aberto à diversidade...as Pedras Rolam...
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terça-feira, 20 de novembro de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
"Miura" de Miguel Torga , o melhor manifesto anti-tourada.
"Fez um esforço. Embora ardesse numa chama de fúria, tentou refrear
os nervos e medir com a calma possível a situação.
Estava, pois, encurralado, impedido de dar um passo, à espera de
que lhe chegasse a vez! Um ser livre e natural, um toiro nado e criado na
lezíria ribatejana, de gaiola como um passarinho, condenado a divertir a
multidão!
Irreprimível, uma onda de calor tapou-lhe o entendimento por um
segundo. O corpo, inchado de raiva, empurrou as paredes do cubículo, num
desespero de Sansão.
Nada. Os muros eram resistentes, à prova de quanta força e quanta
justa indignação pudesse haver. os homens, só assim: ou montados em cavalos
velozes e defendidos por arame farpado, ou com sebes de cimento armado entre
eles e a razão dos mais...
Palmas e música lá fora. O Malhado dava gozo às senhorias...
Um frémito de revolta arrepiou-lhe o pêlo. Dali a nada, ele. Ele,
Miura, o rei da campina!
A multidão calou-se. Começou a ouvir-se, sedante, nostálgico, o
som grosso e pacífico das chocas.
A planície!... O descampado infinito, loiro de sol e trigo... O
ilimitado redil das noites luarentas, com bocas mudas, limpas, a ruminar o
tempo... A fornalha escaldante, sedenta, desesperante, que o estrídulo das
cegarregas levava ao rubro.
Novamente o silêncio. Depois, ao lado, passos incertos de quem
entra vencido e humilhado no primeiro buraco...
Refrescou as ventas com a língua húmida e tentou regressar ao
paraíso perdido.
A planície...
Um som fino de corneta.
Estremeceu. Seria agora? Teria chegado, enfim, a sua vez?
Não chegara. Foi a porta da esquerda que se abriu, e o rugido
soturno que veio a seguir era do Bronco.
Sem querer, cresceu outra vez quanto pôde para as paredes
estreitas do cárcere. Mas a indignação e os músculos deram em pedra fria.
A planície... O bebedoiro da Terra-Velha, fresco, com água limpa a
espelhar os olhos...
Assobios.
O Bronco não fazia bem o papel...
Um toque estranho, triste, calou a praça e rarefez o curro.
Rápida e vaga, a sombra do companheiro passou-lhe pela vista
turva. Apertou-se-lhe o coração. Que seria?
Palmas, música, gritos.
Um largo espaço assim, com o mundo inteiro a vibrar para além da
prisão. Algum tempo depois, novamente o silêncio e novamente as notas lúgubres
do clarim.
Todo inteiro a escutar o dobre a finados, abrasado de não sabia
que lume, Miura tentava em vão encontrar no instinto confuso o destino do
amigo.
Subitamente, abriu-se-lhe sobre o dorso um alçapão, e uma ferroada
fina, funda, entrou-lhe na carne viva. Cerrou os dentes, e arqueou-se, num
ímpeto.
Desgraçadamente, não podia nada. O senhor homem sabia bem quando e
como as fazia. Mas por que razão o espetava daquela maneira?
Três pancadas secas na porta, um rumor de tranca que cede, uma
fresta que se alargou, deram-lhe num relance a explicação do enigma da
agressão: chegara a sua vez.
Nova picada no lombo.
- Miura! Cornudo!
Dum salto todo muscular, quase de voo, estava na arena.
Pronto!
A tremer como varas verdes, de cólera e de angústia, olhou à
volta. Um tapume redondo e, do lado de lá, gente, gente, sem acabar.
Com a pata nervosa escarvou a areia do chão. Um calor de bosta
macia correu-lhe pelo rego do servidoiro. Urinou sem querer.
Gritos da multidão.
Que papel ia representar? Que se pedia do seu ódio?
Hesitante, um tipo magro, doirado, entrou no redondel.
Olhou-o a frio. Que força traria no rosto mirrado, nas mãos
amarelas, para se atrever assim a transpor a barreira?
A figura franzina avançou.
Admirado, Miura olhava aquela fragilidade de dois pés. Olhava-a
sem pestanejar, olímpica e ansiosamente.
Com ar de quem joga a vida, o manequim de lantejoulas caminhava
sempre. E, quando Miura o tinha já à distância dum arranco, e ainda sem compreender
olhava um tal heroísmo, enfatuadamente o outro bateu o pé direito no chão e
gritou:
- Eh! boi! Eh! toiro!
A multidão dava palmas.
- Eh! boi! Eh! toiro!
Tinha de ser. Já que desejavam tão ardentemente o fruto da sua
fúria, ei-lo.
Mas o homem que visou, que atacou de frente, cheio de lealdade,
inesperadamente transfigurou-se na confusão de uma nuvem vermelha, onde o
ímpeto das hastes aguçadas se quebrou desiludido.
Cego daquele ludíbrio, tornou a avançar. E foi uma torrente de
energia ofendida que se pôs em movimento.
Infelizmente, o fantasma, que aparecia e desaparecia no mesmo
instante, escondera-se covardemente de novo por detrás da mancha atordoadora.
Os cornos ávidos, angustiados, deram em cor.
Mais palmas ao dançarino.
Parou. Assim nada o poderia salvar. À suprema humilhação de estar
ali, juntava-se o escárnio de andar a marrar em sombras. Não. Era preciso ver
calmamente. Que a sua raiva atingisse ao menos o alvo.
O espectro doirado lá estava sempre. Pequenino, com ar de troça,
olhava-o como se olhasse um brinquedo inofensivo.
Silêncio.
Esperou. O homem ia desafiá-lo certamente outra vez.
Tal e qual. Inteiramente confiado, senhor de si, veio vindo, veio
vindo, até lhe não poder sair do domínio dos chifres.
Agora!
De novo, porém, a nuvem vermelha apareceu. E de novo Miura gastou
nela a explosão da sua dor.
Palmas, gritos.
Desesperado, tornou a escarvar o chão, agora com as patas e com os
galhos. O homem!
Mas o inimigo não desistia. Talvez para exaltar a própria vaidade,
aparentava dar-lhe mais oportunidades. Lá vinha todo empertigado, a apontar
dois pequenos paus coloridos, e a gritar como há pouco:
- Eh! toiro! Eh! boi!
Sem lhe dar tempo, com quanta alma pôde, lançou-se-lhe à figura,
disposto a tudo. Não trouxesse ele o pano mágico, e veríamos!
Não trazia. E, por isso, quando se encontraram e o outro lhe
pregou no cachaço, fundas, dolorosas, as duas farpas que erguia nas mãos,
tinha-lhe o corno direito enterrado na fundura da barriga mole.
Gritos e relâmpagos escarlates de todos os lados.
Passada a bruma que se lhe fez nos olhos, relanceou a vista pela
plateia. Então?!
Como não recebeu qualquer resposta, desceu solitário à consciência
do seu martírio. Lá levavam o moribundo em braços, e lá saltava na arena outro
farsante doirado.
Esperou. Se vinha sem a capa enfeitiçada, sem o diabólico farrapo
que o cegava e lhe perturbava o entendimento, morria.
Mas o outro estava escudado.
Apesar disso, avançou. Avançou e bateu, como sempre, em algodão.
Voltou à carga.
O corpo fino do toureiro, porém, fugia-lhe por artes infernais.
Protestos da assistência.
Avançou de novo. Os olhos já lhe doíam e a cabeça já lhe andava à
roda.
Humilhado, com o sangue a ferver-lhe nas veias, escarvou a areia
mais uma vez, urinou e roncou, num sofrimento sem limites. Miura, joguete nas
mãos dum zé-ninguém!
Num ímpeto, sem dar tempo ao inimigo, caiu sobre ele. Mas quê!
Como um gamo, o miserável saltava a vedação.
Desesperado, espetou os chifres na tábua dura, em direcção à
barriga do fugitivo, que arquejava ainda do outro lado. Sangue e suor
corriam-lhe pelo lombo abaixo.
Ouviu uma voz que o chamava. Quem seria? Voltou-se. Mas era um
novo palhaço, que trazia também a nuvem, agora pequena e triangular.
Mesmo assim, quase sem tino e a saber que era em vão que avançava,
avançou.
Deu, como sempre na miragem enganadora.
Renovou a investida. Iludido, outra vez.
Parou. Mas não acabaria aquele martírio? Não haveria remédio para
semelhante mortificação?
Num último esforço, avançou quatro vezes. Nada. Apenas palmas ao
actor.
Quando? Quando chegaria o fim de semelhante tormento?
Subitamente, o adversário estendeu-lhe diante dos olhos
congestionados o brilho frio dum estoque.
Quê?! Pois poderia morrer ali, no próprio sítio da sua
humilhação?! Os homens tinham dessas generosidades?!
Calada, a lâmina oferecia-se inteira.
Calmamente, num domínio perfeito de si, Miura fitou-a bem. Depois,
numa arremetida que parecia ainda de luta e era de submissão, entregou o
pescoço vencido ao alívio daquele gume".
Miguel Torga, Os Bichos
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tourada
sexta-feira, 16 de novembro de 2018
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
“Politicamente Correcto” é…Politicamente Correcto!
Hoje, quem pretende justificar as opiniões mais absurdas, mais abjectas
e reacionárias, trata logo de diabolizar o “politicamente correcto”.
Como se o politicamente correcto não fosse uma conquista civilizacional.
Politicamente Correcto, quer dizer isso mesmo: Politicamente Correcto!
Qual foi a palavra que não perceberam?
Vamos ao dicionário:
“Politicamente”: “que está de acordo com as regras da politica, da
organização e gestão dos assuntos públicos, de administração e do poder”.
Também pode significar agir com diplomacia, cortesia, delicadeza, com
habilidade, astúcia e perspicácia (Dicionário de Língua Portuguesa
Contemporânea, [ DLPC] Academia de Ciências de Lisboa, ed. Verbo, 2001).
Não é esse o tipo de actuação que todos defendemos em democracia e
liberdade? Não é esse tipo de actuação que nós devemos exigir aos agentes e
responsáveis políticos e da administração?
Pode-se dizer que, quando agem em proveito próprio, quando se deixam corromper ou quando abusam do
poder, tais agentes políticos…não estão a ser políticos. E devem ser
penalizados por isso;
“Correcto” : “que está de acordo com as regras estabelecidas; que não
tem falhas, que está certo, que é
exacto, que está de acordo com as regras estabelecidas de carácter ético e
social, que age com delicadeza, que é justo (DLPC) .
Não é tudo isto que devemos exigir dos diversos poderes e dos
responsáveis pela governação de um país? Não é esse o exemplo que devemos, não
só exigir a nós próprios e dar aos nossos filhos, enquanto cidadãos, mas também
aos principais agentes com responsabilidades no funcionamento das instituições
democráticas, como agentes de autoridade, juízes, professores, jornalistas,
médicos, gestores públicos, agentes económicos e financeiros?
Os antónimos de “correcto” são…errado, inadequado, incorrecto,
desonesto, indigno, injusto, grosseiro inexacto… (Dicionário Houaiss de
Sinónimos e Antónimos, ed. Círculo dos Leitores, 2007). É isto que queremos
defender, quando diabolizamos o “politicamente correcto”?
Talvez o problema e a confusão comecem no estabelecimento do tipo de
regras e códigos que devem obedecer a uma acção e atitude politicamente
correctas.
Tenho por mim que a celebre frase da Revolução Francesa da Igualdade, Fraternidade
e Liberdade é o ponto de partida, à qual se deve juntar a formação de um Estado
Democrático e Constitucional, baseado na soberania de cidadãos livres e na
separação de poderes.
Depois devemos acrescentar os avanços civilizacionais na melhoria das
condições de vida da Humanidade e no respeito pela própria humanidade, tudo
muito bem sintetizado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.(clicar para a sua leitura integral).
Aliás, esta declaração devia ser de leitura e estudo obrigatório nas
escolas e Universidade, e, já agora, de leitura obrigatória nos actos de
contratação dos agentes acima referidos e, em especial, nos partidos políticos e
nos órgãos de comunicação social.
Está lá quase tudo, sem segundas interpretações do que, quanto a nós,
separa o que é politicamente correcto daquilo que é politicamente incorrecto.
A esse documento devemos acrescentar outros avanços civilizacionais,
como a defesa do Ambiente, os Direitos das Crianças, os Direitos das Mulheres, os Direitos dos Animais, o respeito pelas minorias e a construção de um Estado Social .
Como pessoas não somos perfeitos, somos muitas vezes politicamente
incorrectos, mas não devemos fazer jus dessas atitudes e imperfeições nem delas “programa
politico” ou argumento, e devemos exigir
aos poderosos que, no mínimo, não defendam o ódio e a violência, respeitem os
Direitos Humanos e Ambientais e os conhecimentos científicos, ou seja…sejam
politicamente correctos.
Existem interpretações fundamentalistas e exageros na aplicação e defesa do que é politicamente correcto? Existem. Mas isso não anula o fundamental da defesa do que é politicamente correcto
O resto é conversa de gente ignóbil, ignorante, mal formada e mal
intencionada, seja qual for a a sua origem ou formação politica social, cultural
ou religiosa.
quarta-feira, 14 de novembro de 2018
Homenagem ao Jornal
Quanto mais sigo redes sociais, mais saudades sinto da magia de
desfolhar um bom jornal e daquele activo cheiro a tinta.
Desde miúdo que me lembro de ter jornais em casa.
Entrei para o mundo através deles, seguindo nos títulos em letras
garrafais o que se passava num mundo, que para mim não ía mais longe do que a
casa e do que o quintal onde vivia, quanto muito da praceta junto.
As minhas primeiras leituras foram os quadradinhos, de meia página ou
página inteira, do suplemento dominical do “Primeiro de Janeiro”, todo em
cores vivas, com o “Príncipe Valente” de Hal Foster e o “O reizinho” de O.
Soglow, incluindo ainda, na época de Natal, os filmes da Disney aos
quadradinhos.
Lá em casa entravam, além do “Primeiro de Janeiro”, do qual o meu pai
era correspondente em Torres Vedras, jornais como o “Diário de Lisboa” e a “República”
e, mais tarde, “A Capital”.
A eles juntavam-se revistas que o meu pai assinava ou comprava, como a “Vértice”,
a “Vida Mundial”, a “Seara Nova” ou o “El Correo da Unesco”.
Por vezes, quando se registavam grandes acontecimentos (como a morte de
Kennedy ou a chegada do Homem à Lua) lá se compravam outros títulos, como o “Diário
Popular” e o “Século”.
O mau avô era comprador habitual do “Século” e todas as 5ªs feiras
dava-me o suplemento infantil de BD “Pim-Pam-Pum”, antes de me começar a dar
semanalmente o “TinTin”.
Mais tarde também entrava em nossa casa o “Expresso”, seguido desde o primeiro número.
O grande boom de jornais deu-se com o fim da censura e a leitura
começou a ser mais diversificada, juntando-se ao “Diário de Lisboa” , à “República”
e ao “Expresso”, lidos colectivamente lá em casa, o “O Jornal” e “O Jornal
Novo”, comprados pelo meu pai, e o “Gazeta da Semana” e o “Página Um” e, mais tarde, o “Diário Popular” (com um
excelente suplemento literário) comprados por mim.
Muito mais tarde, aqueles e outros jornais continuaram a entrar
regularmente pela casa dentro, a eles juntando-se “O Sete”, o “Jornal de Letras”, "O Europeu" e a revista “Grande
Reportagem”….
Com o tempo, o leque de escolha foi-se reduzindo.
Deixou de haver diferenças entre matutinos e vespertinos , que se
diferenciavam também pelo formato. Os que saiam de manhã eram de grande
formato, os da tarde de formato mais reduzido.
Também deixou de se publicar várias edições no mesmo dia quando de
grandes acontecimentos nacionais ou mundiais.
Depois, com o aparecimento das televisões privadas, do “Correio da Manhã”
e , principalmente, dos canais por cabo e mais recentemente das redes sociais, quase todos os grande títulos que não
alinhassem no estilo tablóide, que não pusessem o futebol ou os crimes em
grande destaque nas primeiras páginas começaram a abrir falência.
Os jornalistas deixaram de ter controle sobre os jornais, agora ao serviço da publicidade e do sector financeiro que os controla por inteiro.
Hoje sobra o “Público” e o cada vez mais interessante, apesar do
formato um pouco esquisito, “Diário de Notícias”, que, para sobreviver, se
tornou semanário, mas que é o único que tem verdadeiras reportagens
interessantes de ler ( e por isso, talvez esteja condenado a prazo…!!!).
O resto, com raras excepções, é mixórdia politiqueira, "justiceira", economicista
e futebolística, tentando ir atrás do estilo arruaceiro e alarve
que domina as redes sociais, cada vez mais a principal fonte de desinformação da
maioria.
Quando os jornais acabarem, talvez seja tarde demais para a democracia.
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terça-feira, 13 de novembro de 2018
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
Redes Sociais : A verdade da Mentira
O jornalista Paulo Pena continua ao seu excelente trabalho de
investigação, nas páginas do cada vez melhor Diário de Notícias (agora
semanário), sobre o papel dos sites de fake news a operar em Portugal.
Esta semana dedica-se a divulgar o negócio rentável de alguns desses
sites de desinformação.
Para além de divulgarem notícias falsas com objectivos políticos muito
precisos (quase todos ligados à extrema direita ou aos ressentidos com a “geringonça”),
esses sites gerem milhões em negócios mais ou menos obscuros, desde a fuga de
impostos à forma com acedem à informação dos incautos e ignorantes que
partilham os seus conteúdos.
Um dos sites com maior êxito usa um título enganador e explora
indecentemente o prestigio de uma profissão como a dos bombeiros,
intitulando-se mesmo “Bombeiros 24”, que usa, no facebook, um nome
vergonhosamente mais enganador: “Bombeiros Portugueses”.
Esse site consegue receber dinheiro pela publicidade que integra no seu
espaço e está ligado a um outro site com o estranho nome “Bilbiamtengarsada”.
O “Bombeiros 24” usa ainda um software malicioso que “permite aos
administradores dos site receber dinheiro de empresas de venda online. O truque
é simples: deixa uma espécie de cookies nos computadores dos leitores que
passam assim a ficar associados ao Bombeiros 24. Quando essa pessoa usar aquele
computador para, por exemplo, comprar alguma coisa na Amazon, a empresa fica a
saber que a venda foi “sugerida” pelo site português e paga-lhe uma comissão”
Uma outra prática desses sites é copiarem noticias de outros órgãos de
informação verdadeiros sem pagar direitos e, pelo contrário, obterem lucro com
isso, à custa dos “gostos” e partilhas dos incautos seguidores.
Ao reproduzirem noticias verdadeiras da comunicação social, fazem-no de
forma cirúrgica, carregando nas noticias que falem de crime e corrupção e
focando apenas uma tendência politica, para gerarem e potenciarem um sentimento
de impunidade e criminalidade muito maior do que aquele que existe na
realidade. Ao mesmo tempo acrescentam comentários tendenciosos e falaciosos.
Esses sites plagiam descaradamente órgão de imprensa, ganham dinheiro
com isso e, como estão registados no estrangeiro e mantêm incógnitos os seus administradores,
conseguem fugir ao pagamento de impostos pelos lucros obtidos com a publicidade.
Além daquele site, o jornalista identificou, no artigo desta semana e
noutros que tem a vindo a publicar, vários sites que funcionam dessa maneira,
espalhando desinformação, falsas verdades ou meias verdades (como dizia António
Aleixo, “para a mentira se tornar segura tem de trazer à mistura alguma coisa
de verdade”), ganhando milhões com isso e fugindo ao fisco em grande estilo.
Muitos usam títulos enganadores, fazendo-se passar por órgãos de
informação, outros títulos “engraçados”, atraindo mais incautos que partilham
essas “informações”, disseminando-as por milhares de seguidores.
Aqui fica a lista de alguns dos sites denunciados pela reportagem,
todos registados no estrangeiro:
-“Semanarioextra”;
-“Jornaldiario”;
-“Noticiario.com”;
-“Magazinelusa”
-“Ptjornal”;
-“Lusopt”;
-“EventoXXI”;
-“JornalQ”;
-“Vamoslaportugal”
-“Lusonoticia”;
-“Altamente”;
-“Cura Natural”;
-“1001 Ideias”;
-“Muito Bom”;
-“Muito Fixe”;
-“Tafeio”;
-“Diariopt”;
-“Tuga.press”;
-“Direita Politica”;
-“Luso Jornal”;
-“Portugal Glorioso”;
-“Bilbiamtengarsada”.
-"Bombeiros 24";
-"Bombeiros Portugueses";
…e muitos outros.
Pela nossa parte tudo faremos para denunciar esses sites.
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sexta-feira, 9 de novembro de 2018
A “Tourada” que eu gosto
Em criança assisti muitas vezes,
na televisão, a espectáculos de tourada.
Havia apenas um canal, começava a
emissão ao fim da tarde (menos aos fins-de-semana, que começava mais cedo), era
a preto e branco e não havia assim tantas alternativas ao futebol e às touradas.
Nem eu, nem ninguém lá em casa, éramos apreciadores desse espectáculo, mas o preto e branco atenuava a sua violência.
Só quando, esporadicamente e de
relance, comecei a ver touradas a cor na televisão é que deu para ver a sangria
a que era sujeito o touro.
Nunca percebi o gozo de ver aquele
espectáculo de torturar um animal encurralado.
Claro que a tourada portuguesa é
um pouco mais “civilizada” que a espanhola.
Ainda posso aceitar o trabalho do
toureio a pé com capa ou o dos forcados, e as habilidades dos cavaleiros, mas não
aceito que se encha o corpo do animal de bandarilhas.
Quando chega à fase do toureio a
pé ou da entrada dos forcados, o touro já deve estar tão enfraquecido que
apenas reage para manifestar a sua dor e já pouco perigo deve oferecer aos
“valentões” que o enfrentam.
Escusado será dizer que torço
sempre pelo touro e pelo cavalo, personagens involuntárias daquele triste
espectáculo, embora ainda nutra algum respeito pelos forcados, e desejando
que nada de muito grave aconteça ao toureiro, ao forcado ou ao cavaleiro, embora, como se costuma dizer, "quem corre por gosto não cansa".
E não venham fazer comparações com
os animais do circo, com a caça ou com a criação de animais para alimento.
Neste caso não se trata de torturar animais, mas dar-lhes alguma utilidade, por
muito discutível que isto também possa ser.
No caso da tourada não há
qualquer utilidade naquilo, a não ser torturar um animal indefeso.
Aliás, toda a polémica que anda
por aí não se relaciona com qualquer tipo de proibição do espectáculo, mas
apenas com o retirar do privilégio de classificação de espectáculo cultural àquela barbaridade, aumentando o IVA
das touradas.
Embora discutível, até admitia
mais facilmente a proibição desse espectáculo do que a proibição, já aprovada,
do uso de animais de circo.
A diferença é que a gente do
circo é pobre e não tem poder ou voz, ao contrário da gente que vive à volta da
tourada.
Uma coisa é o uso de animais para
alimento,(que pode ser discutível,principalmente pelo excesso, prejudicial
para à saúde, do uso de carnes vermelha),
pelas implicações ambientais do excesso de criação de gado ou pela forma
como são transportados e abatidos, outra coisa é o uso de animais, como acontece
nas touradas, apenas para os torturar
para gáudio dos instintos mais primitivos do público.
E não venham falar em tradição,
se não, para a manter, ainda assistíamos a espectáculos de gladiadores , ao sacrifício ritual de animais, a queimar
gente nas fogueiras ou à luta de cães.
De facto, impedir ou, pelo menos,
tirar benefícios fiscais, é o mínimo que se pode exigir para combater
tradições degradantes e a utilização de animais apenas para os torturar em
público.
A única “tourada” de que eu gosto
é aquela que nos representou no festival da canção de 1973, que escapou à
censura, que não percebeu que essa canção não enaltecia a tradição da tourada,
mas usava-a com metáfora para denunciar um Estado Novo apodrecido:
Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.
Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.
Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.
Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.
Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.
Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.
Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.
Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...
Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro as milhões.
E diz o inteligente
que acabaram asa canções.
(José Carlos Ary dos Santos/Fernando Tordo)
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quarta-feira, 7 de novembro de 2018
O novo “milagre” de Tancos
Na altura em que se comemora o centenário do armistício que acabou com
a Primeira Guerra Mundial, vem à memória uma “frase batida” dessa época, o
chamado “milagre de Tancos”.
Refere-se essa frase à forma rápida como foi treinado e preparado o
Corpo Expedicionário Português para avançar para a frente Europeia.
Os resultados desmentem o tão apregoado “milagre”, mas não é esse o tema
dessa crónica.
Por triste ironia da história esse centenário coincide com um outro “milagre”
de Tancos, este menos edificante e “patriótico”.
Refiro-me ao trágico-cómico episódio do roubo de armas e à posterior
encenação da sua “recuperação”, que mais parece um episódio tirado a papel
químico da “guerra” de Solnado.
Como cidadão, e com base nas notícias, informações e contra-informações ,
no meio de “fake news” das redes sociais e dos "correios das manhãs", e do desenvergonhado aproveitamento politico feito à
volta desse acontecimento, só gostava que me respondessem às seguintes
questões:
- quem roubou as armas? Não acredito que um único homem, o antigo
fuzileiro João Paulino, até agora o único acusado pelo roubo, tenha conseguido
desviar a quantidade de material envolvido no roubo sem, por um lado, a ajuda
de muita gente, dado ser fisicamente impossível que esse fosse um roubo perpetrado
por um homem só, e, por outro, sem a “ajuda” e conivência ao mais alto nível da
estrutura militar;
- roubadas, quem é que estava na
“fila” para comprar essas armas?;
- até que ponto este roubo é um caso isolado? Não me parece que, pela
preocupação de rapidamente encobrir o roubo por parte da Policia Judiciária
Militar, este seja um caso isolado de roubo de armas dentro do exército;
- porque sentiu a Policia Judiciária Militar tanta preocupação em
encobrir o roubo, encenando a sua recuperação e tentando desviar a Policia
Judiciária civil da investigação?
Estas são as perguntas que qualquer cidadão deve fazer e são aquelas que
os jornalistas e a oposição não parecem muito interessadas em fazer.
O roubo em si tem, em primeiro lugar, uma importância, digamos, de 70% em
todo este caso.
Só em segundo lugar é que me interessa saber, digamos com uma importância
de 20% em todo este caso, a razão da encenação montada pela PJM.
Finalmente, apenas em 10% é que me interessa saber quem, no poder
politico, sabia da encenação, acreditando que, se o fez, foi para preservar a
dignidade das Forças Armadas, até porque no meio da cacofonia sobre os que sabiam ou não, entram
como principal “fonte” os arguidos da PJM, que procuram atirar arei aos olhos
da comunicação social para se safarem e desviarem a investigação do essencial que é, repetimos , a
de saber quem roubou, quem participou no roubo, se este caso é isolado e quem
se pretende proteger com toda esta confusão.
Infelizmente, a comunicação social e a oposição preocupam-se, em 90%, em esclarecer "apenas" esta última questão, importante, mas , quanto a nós a menos importante, desviando assim a atenção das duas outras premissas do caso, as mais graves.
Infelizmente, a comunicação social e a oposição preocupam-se, em 90%, em esclarecer "apenas" esta última questão, importante, mas , quanto a nós a menos importante, desviando assim a atenção das duas outras premissas do caso, as mais graves.
É urgente que a justiça e o governo respondam rapidamente, e de forma clara, àquelas perguntas.
Se não o fizerem, não se queixem depois se casos como este abrirem caminho a um qualquer Bolsonaro à portuguesa.
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terça-feira, 6 de novembro de 2018
Torres Vedras e a Pneumónica de 1918
Torres Vedras e a Pneumónica de 1918 (clicar para ler)
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sexta-feira, 2 de novembro de 2018
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Moro destrói o que restava da credibilidade da Justiça brasileira
Se duvidas havia sobre a falta de credibilidade da justiça brasileira , da sua falta de isenção e da sua ligação ao projecto antidemocrático em curso no Brasil, a aceitação por Sérgio Moro do cargo de Ministro da Justiça de Bolsonaro, aí está para o provar.
Não ponho as mãos no lume por Lula ou pelo PT e pela sua responsabilidade no cancro da corrupção que minou a democracia brasileira e abriu o caminho a Bolsonaro para chegar ao poder.
Mas a atitude de Moro demonstra que a Justiça desse país tem estado ao serviço de um projecto politico de destruição da democracia no Brasil.
Só num país com uma justiça de opereta é que um juiz com as responsabilidades de Moro aceitaria exercer um cargo politico.
No mínimo, uma grande falta de ética profissional por parte do Juiz Moro. No máximo a prova que faltava para questionar a isenção da justiça naquele país.
Claro que, tirando a falta de ética dessa atitude do juiz, até posso dar de barato que, enquanto ministro, nos surpreenda e : 1º - prenda Temer e os seus ministros no dia a seguir à sua saída do "planalto" para os obrigar a cumprir penas pelos crimes a que estão associados, só não tendo sido presos por causa da impunidade garantida pelo cargo; 2 - se mandar avançar com as investigações de acusações de corrupção que envolvem muitos dos mais próximos de Bolsonaro e os líderes das igrejas evangélica que o apoiaram; 3 - se passar a perseguir os corruptos de toda as cores e não apenas os do PT.
Se estas três condições se concretizarem, então terei de dar a "mão à palmatória" e aplaudir o "ministro" Moro. Se não, então sou eu que estou do lado da razão.
Será ainda interessante ver como é que um dito defensor de um Estado de Direito Democrático, como acredito que e ainda o seja o Juiz Moro, vai conviver com um presidente que defende a violência como arma politica, a justiça pelas próprias mão e o linchamento púbico de presumíveis criminosos.
Claro que, tirando a falta de ética dessa atitude do juiz, até posso dar de barato que, enquanto ministro, nos surpreenda e : 1º - prenda Temer e os seus ministros no dia a seguir à sua saída do "planalto" para os obrigar a cumprir penas pelos crimes a que estão associados, só não tendo sido presos por causa da impunidade garantida pelo cargo; 2 - se mandar avançar com as investigações de acusações de corrupção que envolvem muitos dos mais próximos de Bolsonaro e os líderes das igrejas evangélica que o apoiaram; 3 - se passar a perseguir os corruptos de toda as cores e não apenas os do PT.
Se estas três condições se concretizarem, então terei de dar a "mão à palmatória" e aplaudir o "ministro" Moro. Se não, então sou eu que estou do lado da razão.
Será ainda interessante ver como é que um dito defensor de um Estado de Direito Democrático, como acredito que e ainda o seja o Juiz Moro, vai conviver com um presidente que defende a violência como arma politica, a justiça pelas próprias mão e o linchamento púbico de presumíveis criminosos.
Seguem-se cena (cada vez menos edificantes) da "democracia" brasileira
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terça-feira, 30 de outubro de 2018
As unhas da deputada e os grunhidos das redes socias.
As redes sociais foram
invadidas nos últimos dias por uma fotografia da deputada Isabel Moreira a
pintar as unhas em pleno Parlamento.
Não me parece que o
assunto mereça qualquer atenção.
Mas não foi isso que
aconteceu.
À boleia da boçalidade
desencadeada pelo estilo “Bolsonaro”, os nossos “facebookianos” da direita,
cada vez mais intolerantes, caíram em cima da deputada.
Só o facto de ela ser
uma deputada do PS, desassombrada, frontal e que toca em temas polémicos, fez
dela o alvo de uma enxurrada de comentários, ao nível do mais repelente
grunhido.
Mas isto é notícia?
Já
chegámos ao Brasil?
Não têm mais nada interessante a fazer a não ser
descarregar comentários disparatados?
São todos assim tão puros ou isentos?
Só deputados da esquerda ( ou "esquerdalhos" como tão bem
educadamente se referem a quem pensa diferente) é que têm momentos destes?
todos esses “pensadores” têm a consciência tão tranquila com o que fazem no
trabalho?
O acto da deputada influencia alguma coisa no seu trabalho?
Estas redes sociais andam mesmo um nojo, e a
comunicação social dita "séria" alinha!!
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segunda-feira, 29 de outubro de 2018
Pedras Rolantes – Dez anos é muito tempo
Passam hoje dez anos que iniciámos a publicação do nosso blog “Pedras
Rolantes”.
Foi no dia 29 de Outubro de 2008!
O nome fomos busca-lo a umas crónicas publicadas no
saudoso jornal “Área”, editado no final da década de 1970, nome que
respigamos da famosa banda “The Rolling Stones”.
Nunca imaginámos durar tanto tempo.
O que publicamos reflecte os nossos variados interesses culturais,
sociais e políticos e retracta um mundo muito pessoal.
Logo na apresentação AQUI revelamos ao que vínhamos.
Mais tarde, a partir de alguns dos temas que mais nos interessaram e
abordámos, demos três “irmãos” (ou “filhos”?) mãos novos a este blog:
Em 20 de Abril de 2009 surgiu o “Vedrografias”, dedicado a Torres
Vedras e à divulgação da sua história e património;
Em 18 de Outubro de 2009 o “A Forma e a Luz”, com o objectivo de apoiar
as aulas de História da Arte e que continua a divulgar temas de arte e, cada
vez mais, as artes visuais, principalmente a fotografia;
Finalmente, o mais recente, o “BêDêZine” dedicado a um dos primeiros
temas que me interessaram, a Banda Desenhada, e ao cartoon, surgido em 24 de
Setembro de 2014.
Nem sempre temos conseguido manter a regularidade desejada na publicação
deste blogues, mas mesmo assim estão quase sempre entre os 1000 blogues mais
visionados em Portugal.
O Pedras Rolantes foi citado mais de dez vezes pelo jornal Público,
quando ele tinha uma secção onde eram transcritos textos de blogues portugueses
sobre a actualidade e chegámos a ser citados num telejornal da SIC, quando esta
, durante algum tempo, divulgou a publicação de blogs portugueses.
Depois o mundo dos blogues foi perdendo espaço para o facebook e o
Twitter, mas penso que um blogue ganha em conteúdo.
Ao longo destes dez anos publicámos 5 636 post’s visualizados
514 mil e 430 vezes.
Os dez países que mais visitaram o Pedras Rolantes foram:
- Portugal – 171 101;
- Estados Unidos – 155 116;
- Brasil – 36 980;
- Rússia – 30 453;
- Alemanha – 15 644;
- China – 15 331;
- França – 8 365;
- Turquia – 6 164;
- Espanha – 3 480;
- Reino Unido – 2 807.
Quanto aos vinte “tags” mais publicados, reveladores também dos temas
que mais abordámos, eles são os seguintes:
- Musica – 1097;
- Cartoon – 965;
- Contra-situacionismo – 946;
- O Som do Dia – 797;
- Fotografia (divulgação) – 549;
- União Europeia – 416;
- Fotografia (da minha autoria) –
374;
- Cinema – 310;
- Torres Vedras – 302;
- Economia – 273;
- Indignação – 258;
- Crise Financeira – 256;
- Anti- Passos Coelho – 253;
- Eleições – 249;
- História Contemporânea – 231;
- Corrupção ética – 193;
- Banda Desenhada – 184;
- Anti-Sócrates – 172;
- Humor – 169;
- Filmes de uma Vida – 161;
Temos procurado ser irreverentes, provocadores, reconhecendo que por
vezes escrevemos um pouco em cima do joelho e mais com o coração do que com a
cabeça.
Contudo, esperamos que nos perdoem e nos deixem continuar por cá mais outro tanto.
Obrigado pela vossa atenção e companhia ( e um abraço especial ao Moedas Duarte).
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