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terça-feira, 11 de outubro de 2022

“Apontamentos” para a História da Banda Desenhada em Torres Vedras

                                               

                             (proposta de capa, inédita, para o fanzine torriense Impulso)

A história da Banda Desenhada em Torres Vedras ainda está por fazer, pelo que registamos aqui apenas um breve apontamento que possa servir de base para que, futuramente, a  história da 9ª arte nesta cidade possa ser feita.

Convém, em primeiro lugar, que não se confunda a Banda Desenhada com o cartoon e a caricatura, nem mesmo com o cinema de animação, embora seja um “primo” próximo destas artes.

Em Torres Vedras existe uma boa tradição de caricaturistas e cartoonistas, pelo menos desde a edição do semanário humorístico “A Laracha”, editado pela primeira vez em 20 de Janeiro de 1929, do qual se editaram 10 números, onde aparecia uma caricatura por edição, a maior parte da autoria de Amílcar (Guerreiro), outras, em menor número, de Cruz Martins e de um tal Jacques.

Também o Carnaval de Torres foi um dos palcos onde se manifestou a veia artística, com recurso a caricaturas e cartoon´s, de muitos artistas torrienses, ao longo dos tempos, principalmente nos muitos folhetos de promoção dessa festa, tradição essa que conheceu o seu auge com a publicação da revista “O Barrete”, a partir de 1996.

Foi em 1996 se surgiu a primeira edição dessa revista independente do Carnaval de Torres Vedras, como alternativa à revista oficial e na sequência de um acto de censura sobre um carro de Carnaval num dos anos anteriores, da autoria da Associação de Defesa do Património e do Espeleo Clube de Torres Vedras e financiada pela RadioOeste.

Coube a estas duas associações o lançamento dessa revista, com uma tiragem de mil exemplares, impressa na Sogratol, uma revista de humor  com textos, banda desenhada e cartoon´s da autoria de vários autores locais que foram passando, com maior ou menor regularidade, pelas páginas dessa revista.

Foram fundadores Antero Valério, Daniel Abreu, José Afonso Torres, Jorge Delmar, José Eduardo Santos, Jorge Humberto Nogueira, José Pedro Sobreiro, Luís Fortes e Valdemar Neves, aos quais se deve juntar o trabalho do Carlos Ferreira, não referido nessa primeira edição, mas que foi um dos principais responsáveis pelo trabalho de sapa que está por detrás da construção de um projecto com este.

Aos fundadores foram-se juntando outros autores, ao mesmo tempo que alguns dos fundadores íam ficando pelo caminho.

Na última edição, a 19ª,  no ano de 2015 mantinham-se o Antero Valério, o Carlos Ferreira, o Jorge Delmar, o José Eduardo Santos e o José Pedro Sobreiro.

Joaquim Moedas Duarte (desde 2004), Joaquim Ribeiro (desde 2013), Luís Fili Rodrigues (desde 2005), Manuela Catarino (desde 2009) e Sérgio Tovar ( desde 2004) completam a equipa desta última edição.

A revista não foi publicada em 2001 e, em 2010, passou a ser patrocinada pela Promotorres. Desde 2011, a até 2015, foi editada apenas pela Associação do Património.

Para além dos nomes citados foram muitos os autores que passaram pelas suas páginas, com destaque para João Sarzedas (2006-2013),  Jaime Umbelino (1997-1999) ou José Almendro (1998-2007).

Colaboraram ainda, irregularmente, por vezes apenas numa ou duas edições,  a Ana Palma, o Carlos Bartolomeu, o Jordão Pereira, o Jorge Ralha, o João Camilo, o Vitor Alexandre, o Carlos Carneiro, o José Sanina, o Marcos Ferreira, o Venerando António, o Nuno  Raimundo, o Fernando Miguel, o Rui Matoso e o Tiago Ferreira.

(ver reprodução de todas as capas do Barrete AQUI)

Recentemente, um caricaturista torriense dessa revista, o professor José Sanina, viu uma caricatura sua selecionada para o World Press Cartoon de 2022.

Cartoon de José Sanina no World Press Cartoon 2022, Caldas da Rainha
Mas aqui estamos no domínio da caricatura e do cartoon, quando é da BD que pretendemos falar.

O que diferencia a BD do simples cartoon é a dinâmica da sua narrativa, numa sequência de imagens (fixas e bidimensionais, o que, por sua vez, a distingue do desenho animado), onde a fala dos personagens é representado dentro de um “balão” ou filoctera.

Embora chegassem regularmente a Torres Vedras alguns dos grandes títulos históricos da divulgação de BD, como o “Mosquito” (1936-1953), o “Diabrete” (1941-1951), ou o “Cavaleiro Andante” (1952-1962), entre muitas outras revistas de quiosque,  juntamente com as excelentes páginas dominicais do Primeiro de Janeiro (1948-1995), e quase todos os jornais publicassem diariamente “tirinhas” de BD, sem esquecer os suplementos como a  “Nau Catrineta” no Diário de Notícias (1964-1974) ou o “Pim-Pam-Pum” no Século (1925-1977), não encontramos qualquer BD publicada localmente ou por autores locais, antes dos anos 70.

Podemos referir uma única excepção, a publicação de umas “tirinhas”, com  as características gráficas da BD e o uso de balões, mas de tipo publicitário, da Casa Hipólito, no jornal do “Torreense” e no “Badaladas”, na década de 1950.

Tirinha publicitária à Casa Hipólito, de entre várias, publicada na década de 1950 na imprensa local (Jornal do Torreense e Badaladas)

Foi o aparecimento em Portugal da revista Tintin, em 1 de Junho de 1968, que contribui para o crescente entusiasmo do alguns jovens torrienses pela Banda Desenhada, tentando imitar o que liam produzindo “revistas” caseiras de exemplar único, dadas a ler à família.

Na edição portuguesa do “TinTin” destacou-se Vasco Granja como divulgador de uma nova forma de editar autores desconhecidos, ou que procuravam dar a conhecer as suas “obras”, entre o naif e o criativo, a edição de “fanzines”, situação facilitadas por novos processos tipográficos, mais simples e baratos, como o stencil, primeiro a álcool, com uma maquete em cera, depois electrónico.

o primeiro fanzine português

Essa técnica foi muito divulgada nas escolas, para reproduzir testes, e acabou por ser aproveitado para elaborar jornais escolares, onde se tornava possível a divulgação de Bandas Desenhadas amadoras.

Foi o que aconteceu em Janeiro/Fevereiro de  1971, no Liceu de Torres Vedras, com a publicação do jornal “O Padrão”, editado pelo “núcleo de jornalismo do Liceu Nacional D. Pedro V – secção de Torres Vedras”, ligado à Mocidade Portuguesa, o qual, nas duas primeiras edições, incluiu um suplemento, “O Padrão Ilustrado”, onde saíram 4 pranchas das “Aventuras de João Alfredo”, intitulando-se essa primeira, única e incompleta aventura “O Assalto ao Banco Nacional”, da autoria de Vaam.


Entretanto, nesse mesmo Liceu, cruzaram-se  vários entusiastas da revista TinTin e da BD, que seguiam com atenção o crescente movimento de fanzines.

Em 1972 surgiu o primeiro fanzine português de BD, o Argon e, em 6 de Janeiro de 1973, nascia o fanzine “Impulso”, editado pelo Liceu de Torres Vedras, usando a técnica do stencil electrónico, recorrendo aos recursos técnicos da escola para a reprodução de testes.

Expansão dos fanzines em Portugal deveu-se também a um certo abrandamento da censura, fruto da chamada “primavera marcelista”.

Quando da edição do Impulso apenas se editavam mais 4 fanzines em Portugal, para além do pioneiro “Argon”, editavam-se o “Quadrinhos”, o “Copra” e o “Saga”.


Neles publicavam-se críticas e noticias sobre o mundo da BD, bem como trabalhos originais de autores portugueses.

Em Janeiro de 1973 editavam-se em Portugal quatro revistas de BD com edição regular : para além do já citado Tintin, existiam o “Jornal do Cuto”, o “Jacto” e o “Mundo de Aventuras”.

Por sua vez, na imprensa editavam-se suplementos semanais colecionáveis de BD, como os citado “Quadradinhos”, “Pim-Pam-Pum” e “Nau Catrineta”.

O grupo que esteve na origem da edição do Impulso tinha em comum, para além da amizade pessoal, escolar e de vizinhança, de longa data entre alguns dos seus membros, o gosto pela leitura de Banda Desenhada e o desejo de editar aquilo que, de forma por vezes muito naif, cada um de nós ía fazendo.

A edição do “Impulso” contou com o apoio do então reitor do liceu, o Dr. Semedo Touco, homem liberal e compreensivo, e que nos garantiu, não só o suporte técnico, mas também o suporte financeiro para a edição desse fanzine, sem nunca ter intervindo nos conteúdos deste.

O fanzine tinha uma tiragem média de 150 exemplares e um custo de cerca de mil escudos (cinco euros) por edição, dois terços dos quais eram suportados pela escola e o restante pelas vendas. Inicialmente o “Impulso” vendia-se ao preço unitário de dois escudos e meio (pouco mais de …um cêntimo), mas o seu preço foi subindo ao longo do ano, 3$50 a partir do nº3, 5$00 a partir da 4ª edição.

Fizeram parte da equipa do “Impulso” o Vaam, o seu irmão Mário Luis, o Carlos Ferreira, o João Nogueira (Janeca), o Mário Rui Hipólito, o Manuel Vilhena, o Calisto,  o José Eduardo Miranda Santos (Zico), este exterior à escola mas amigo dos restantes, e que possui uma das mais variadas e extensa colecções de álbuns  e revistas de BD que todos liam avidamente.

Ao grupo de vizinhos e amigos de longa data, juntaram-se dois prometedores autores de BD, o Joaquim Esteves e o Antero Valério, sem dúvida os que, de todos nós, possuíam melhores qualidade artísticas. Mais tarde juntaram-se à equipa o Jorge Barata e o António Trindade.

O Carlos Caetano também andou com o grupo, mas acabou por não integrar a colaboração.

 Entretanto começaram a colaborar, nuns casos com textos sobre BD, noutros com desenhos, outros amigos de outra regiões do país, como o José de Matos-Cruz,  o Carlos Pessoa, o Jorge Magalhães, o Al Bonjour,  o Carlos Nina, o A. Vilarinho e a Maria Clara.

Alguns membros do Impulso, num encontro na década de 90 do século XX. Da esquerda para a direita, Joaquim Esteves, João Nogueira, Antero Valério, Vaam, e Mário Rui Hipólito

Encontro de "fanzinistas" torrienses, do Impulso, do Aleph e do BêDêzine, em 2014 [Da esquerda para a direita, de baixo para cima: no primeiro degrau, de casaco vermelho, o Mário Rui Hipólito, ao lado o Vaam, no segundo degrau, de óculos, o José Manuel Bastos, o José Eduardo Sapateiro (Zico) e, de camisa branca, o Calisto Ferreira. Atrás, de barbas brancas, o Joaquim Esteves e o Fernando Sarzedas e, sentado ao lado deste, o Mário Luís Matos. Depois, de pé, de camisola às riscas vermelhas, o Emílio Gomes, o Antero Valério e o Carlos Ferreira. Ao lado destes, sentado, o Manuel Vilhena e, de camisola verde, encostado à parede, o João Nogueira (Janeca)] (ver mais AQUI)

Do Impulso foram editados 5 números ao longo de 1973, feitos com a “revolucionária” tecnologia de então , o “stencil electrónico”, existente no liceu para a feitura dos testes escolares, contando então com a preciosa colaboração do Emílio Gomes que dominava essa tecnologia e ensinou a todos o seu uso.

Como todos se envolveram na vida associativa e política em 1974 e 1975, só voltaram, e pela última vez, a editar o “Impulso” em 1976, agora financiado pelo Cine-clube de Torres Vedras.

Refira-se ainda que, em finais de Outubro de 1976, a equipa do Impulso organizou a primeira exposição de BD realizada em Torres Vedras e uma das primeiras no país, integrada no 8º Encontro Nacional de Cine-Clubes.

Em Janeiro de 1973, o mais velho do grupo tinha 16 anos, quase 17,  e os mais novos tinham cerca de 11 anos.

(Ver mais sobre o Impulso AQUI).

Nas suas páginas surgiu também a primeira entrevista conhecida com Vasco Granja, dirigida pelo “Zico”, e que gerou alguma polémica com o fanzine “Aleph”.


Caricatura do grupo do Impulso publicada no Aleph, da autoria de João Sarzedas.


Da equipa do Impulso, apenas o Antero Valério acabou por se notabilizar como autor de BD, muito activo com a edição de um blog  Anterozóide, e, actualmente com  uma página do facebook, Facetoons, dedicados à divulgação dos seus cartoons.

Em Novembro de 2008 o Antero Valério editou o livro de cartoon´s e banda desenhada “Como se tornar um docentezeco”, reunindo a sua abordagem critica à acção da ministra da educação Maria de Lurdes Rodrigues, cartoon´s que mereceram reprodução em cartazes de manifestações de professores realizadas nessa época.


Em Fevereiro de 2022 o mesmo Antero Valério editou "Diário de uma Matrafona".

Em 1985, desta vez patrocinada pela Cooperativa de Comunicação e Cultura, alguns elementos da mesma equipa organizaram uma nova e mais elaborada Exposição de Banda Desenhada, com  a pomposa designação de  1º Salão de Banda Desenhada de Torres Vedras, realizado  entre 14 e 22 de Dezembro desse ano.

Nessa ocasião foi editado um número único de um novo fanzine torriense de BD, o “Bêdêzine”, editado pela Cooperativa de Comunicação e Cultura.

Esse número foi organizado pelo Vaam, pelo Esteves, pelo Antero e pelos irmãos Sarzedas, João e Fernando, estes dois ligados também ao movimento dos fanzines, no “Aleph”, e contou com a publicação de trabalhos originais da autoria de "Ruca" (Rui Cardoso), autor da Azambuja, ligado ao fanzine "Rumo", Humberto Leonardo, autor natural da Encarnação de Mafra, do torriense José de Sousa Bastos e do Antero.
Alguns dos responsáveis pelo "BêDêzine" e pelo "Salão de BD de T. Vedras de 1985. Da esquerda para a direita, Vaam, Jorge Delmar (Quinha), Joaquim Esteves e João Sarzedas.
Imagem de uma das salas do Salão de BD, nas primeiras intalações da CCC, Galeria Nova, no Convento da Graça.

José Basto publicava, nesse ano de 1985, uma BD humorística no suplemento “Espaço Novo” do jornal “Badaladas”.

A capa desse número Zero do “BêDêzine” foi da autoria do consagrado autor nacional Arlindo Fagundes e contou ainda com a colaboração de um histórico da BD nacional, o José Ruy, este com um texto sobre a condição de autor de BD em Portugal e um desenho original .

Uma pequena menção a João Sarzedas, nascido em Lisboa em 9 de Fevereiro de 1943, mas que se estabeleceu profissionalmente em Torres Vedras em 1979, falecendo em 27 de Julho de 2013.

Com o seu irmão Fernando, colaborou activamente como cartoonista e autor de BD nos dois primeiros números do fanzine Aleph, editados ainda antes do 25 de Abril, respectivamente em Julho de 1973 e Março de 1974.

Era um apaixonado pela Banda Desenhada e pelo cartoon, artes que desenvolveu ao longo da sua vida, dedicando-se profissionalmente às artes gráficas.

Ainda antes do 25 de Abril, e no período imediatamente a seguir, colaborou em várias outras publicações, como o Jornal do Exército, ou no famoso suplemento humorístico do Diário de Lisboa, "A Mosca", e numa revista feminina liderada por jornalistas como Helena Neves e Fernando Dacosta.

Em Abril de 1974 editou o seu primeiro livro de banda desenhada, “Luz Verde Para Tuntas”.

Motivos profissionais levaram-no a estabelecer-se em Torres Vedras em 1979, onde criou um atelier de serigrafia e de venda de artesanato gráfico da sua autoria, "Boom Serigrafia".

Em Torres Vedras continuou a dedicar-se à sua actividade preferida, o cartoon e a Banda Desenhada, que repartiu como outra paixão sua, a actividade policiária e charadista, sendo membro da Associação Policiarista, tendo realizado várias ilustrações e mais de 50 capas do orgão oficial daquela associação, "Célula Cinzenta".

Foi colaborador nos jornais Badaladas e Frente Oeste, fez parte da organização da já mencionado Exposição de Banda Desenhada de Torres Vedras, realizada em finais de 1985, e co-responsável pela edição do fanzine “BêDêzine”.

Foi contudo na já mencionada revista “O Barrete” que evidenciou todas as suas qualidades enquanto cartoonista e autor de Banda Desenhada.

Vítima de doença prolongada, ainda teve tempo para deixar pronto o livro de cartoon´ intitulado "Sorria com Eólicos na Paisagem" é editado a título póstumo em 7 de Fevereiro de 2015, que tem como temática uma realidade muito marcante na zona oeste, a profusão de moinhos eólicos, numa região com uma longa tradição de moinhos e azenhas para moer o trigo.

edição a título póstumo do último projecto de João Sarzedas
A arte de João Sarzedas, a sua simplicidade e irreverência, sem cedências à sociedade de consumo e profundo respeito pela cultura local, marcaram profundamente todos aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer e com ele conviver.

Recorde-se ainda que, entre 20 de Junho de 1975 e o início de 1976, se publicou, durante cerca de 30 semanas, uma série de “tirinhas” de Banda Desenhada, nas páginas do jornal local de Torres Vedras "Oeste Democrático", intitulada “Rei Minimus” da autoria de Vaam.

Também o jornal “Área” publicou, regularmente, em 1979, uma BD da autoria de Jorge Delmar, com argumento de Mário Luís Matos.

Regularmente, a partir dessa década de 1970, encontram-se várias bandas desenhadas em jornais escolares editados pelas escolas locais.

Recorde-se ainda que, em 2008, a Banda Desenhada foi o tema escolhido para o Carnaval de Torres Vedras desse ano:





Recentemente editaram-se dois álbuns de BD de autores torrienses ou por cá radicados, como “As Aventuras do Matame – o super-herói do carnaval torreense”, com argumento de Fred Zombie, personagens de David Cara-Nova e desenhos de Filipe Branco, e “Homo-Inventor – Quando o Homem se Pôs a Inventar”, da autoria de um professor de português numa escola torriense, Lança Guerreiro, consagrado autor da nova geração de autores portugueses, uma edição da Escorpião Azul, editora da Lourinhã, de Outubro de 2019.



Existe assim uma tradição de autores e amadores  de BD em Torres Vedras, e seria interessante criar uma bebeteca nesta cidade, integrada num dos vários espaços já existentes,, aproveitando muitas colecções privadas existentes em Torres Vedras, uma delas, uma das melhores a nível nacional, na posse dos herdeiros do grande colecionados, já falecido, sr. Aurélio Lousada (ver AQUI, reportagem sobre esse espólio).

Seria igualmente interessante comemorar o cinquentenário do fanzine Impulso, em 2023, com a reactivação da organização regular de “Exposições”, “Encontros” ou salões de BD.

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