Todos os anos a mesma ilusão.
Como se a mudança do ano apagasse o passado e abrisse a porta a um novo mundo.
Contudo, passar o ano é sempre pretexto para fazer balanços mais ou menos pessoais e insuflar um novo fôlego na nossa caminhada quotidiana.
Pessoalmente, este ano que agora termina foi marcado pela consciência da fragilidade da nossa existência, devido a um problema grave de saúde, que teve o condão de me obrigar a separar o essencial do supérfluo, ao mesmo tempo que me libertou de medos e receios, abandonando planos de longo prazo e obrigando-me a valorizar a essência diária do meu quotidiano.
Profissionalmente, este foi um ano de grande desgaste emocional provocado pela arrogância e falta de respeito de um governo por aquela que devia ser uma das profissões mais nobres e respeitadas, situação essa agravada por uma corja de comentadores que enxameiam a nossa comunicação social. Recorrendo à meia verdade (Miguel Sousa Tavares), à manipulação estatística (Fernanda Câncio e Medina Carreira), à pura irresponsabilidade (Emídio Rangel) e à desonestidade intelectual (José Miguel Júdice, Vital Moreira, Fernando Madrinha ), tentaram virar a opinião pública contra nós.
Localmente (refiro-me a Torres Vedras), o ano iniciou-se com a divulgação de uma mega “sondagem” entre os alunos em idade escolar do concelho, com 10 ou mais anos, sobre as “7 maravilhas do concelho”, que tiveram um resultado algo preocupante, revelador da falta de divulgação e cuidado com o património cultural deste concelho que realmente interessa dar a conhecer, bem como de uma crescente atitude hedonista por parte da geração que nos vai bater à porta na próxima década.
Ainda como aspecto negativo, o afastamento do Carlos Mota da direcção do Teatro-Cine, embora o seu sucessor pareça ser alguém que revela poder continuar o excelente trabalho daquele. Positivamente, a afirmação crescente das actividades do Arquivo Municipal, dirigido pelo Carlos Guardado Silva e as actividades da Cooperativa de Comunicação e Cultura e da livraria "Livro do Dia".
Em paralelo, este foi o ano de afirmação nacional de um artista torriense, o Antero Valério, que imortalizou , na sua caricatura certeira, as misérias deste Ministério da Educação.
Em termos nacionais, este foi o ano que agravou as desigualdades sociais, acentuou a mentira como arma política e onde se procurou, de forma tenebrosa, destruir uma das últimas réstias de afirmação da dignidade de quem trabalha, através de uma tentativa nunca vista de destruir o movimento sindical.
Internacionalmente este ano termina entre a esperança, protagonizada pela vitória eleitoral de Obama nos Estados Unidos, e a grande incógnita do rumo da actual crise financeira.
O ano que se avizinha vai ser crucial em muitos aspectos. Em Portugal espera-se que o novo ciclo eleitoral retire a Sócrates a maioria absoluta. Ficou provado que, no nosso país, maioria absoluta rima com autoritarismo e arrogância.
No mundo, espera-se que Obama inicie a construção de uma Nova Ordem Económica que enterre de vez o neo-liberalismo e aquilo que ele representou em termos de retrocesso histórico. Na Europa, o problema está no facto de os grandes defensores políticos e ideológicos desse regresso à realidade sócio-económica do século XIX continuarem a dominar as políticas e a comunicação social, defendendo as velhas receitas falidas, como o fazia a semana passada José Miguel Júdice (um conhecido responsável por essa entidade “ética” que dá pelo nome de Banco Privado Português e ligado a consultadorias que tanto têm contribuído para desbaratar os dinheiros do Estado), que defendia, como solução para a crise, o aumento dos horários de trabalho, com redução dos salários e de direitos como o 13º mês e o subsídio de férias… Sem comentários!
Apesar de tudo, um Bom Ano de 2009 para todos.
Como se a mudança do ano apagasse o passado e abrisse a porta a um novo mundo.
Contudo, passar o ano é sempre pretexto para fazer balanços mais ou menos pessoais e insuflar um novo fôlego na nossa caminhada quotidiana.
Pessoalmente, este ano que agora termina foi marcado pela consciência da fragilidade da nossa existência, devido a um problema grave de saúde, que teve o condão de me obrigar a separar o essencial do supérfluo, ao mesmo tempo que me libertou de medos e receios, abandonando planos de longo prazo e obrigando-me a valorizar a essência diária do meu quotidiano.
Profissionalmente, este foi um ano de grande desgaste emocional provocado pela arrogância e falta de respeito de um governo por aquela que devia ser uma das profissões mais nobres e respeitadas, situação essa agravada por uma corja de comentadores que enxameiam a nossa comunicação social. Recorrendo à meia verdade (Miguel Sousa Tavares), à manipulação estatística (Fernanda Câncio e Medina Carreira), à pura irresponsabilidade (Emídio Rangel) e à desonestidade intelectual (José Miguel Júdice, Vital Moreira, Fernando Madrinha ), tentaram virar a opinião pública contra nós.
Localmente (refiro-me a Torres Vedras), o ano iniciou-se com a divulgação de uma mega “sondagem” entre os alunos em idade escolar do concelho, com 10 ou mais anos, sobre as “7 maravilhas do concelho”, que tiveram um resultado algo preocupante, revelador da falta de divulgação e cuidado com o património cultural deste concelho que realmente interessa dar a conhecer, bem como de uma crescente atitude hedonista por parte da geração que nos vai bater à porta na próxima década.
Ainda como aspecto negativo, o afastamento do Carlos Mota da direcção do Teatro-Cine, embora o seu sucessor pareça ser alguém que revela poder continuar o excelente trabalho daquele. Positivamente, a afirmação crescente das actividades do Arquivo Municipal, dirigido pelo Carlos Guardado Silva e as actividades da Cooperativa de Comunicação e Cultura e da livraria "Livro do Dia".
Em paralelo, este foi o ano de afirmação nacional de um artista torriense, o Antero Valério, que imortalizou , na sua caricatura certeira, as misérias deste Ministério da Educação.
Em termos nacionais, este foi o ano que agravou as desigualdades sociais, acentuou a mentira como arma política e onde se procurou, de forma tenebrosa, destruir uma das últimas réstias de afirmação da dignidade de quem trabalha, através de uma tentativa nunca vista de destruir o movimento sindical.
Internacionalmente este ano termina entre a esperança, protagonizada pela vitória eleitoral de Obama nos Estados Unidos, e a grande incógnita do rumo da actual crise financeira.
O ano que se avizinha vai ser crucial em muitos aspectos. Em Portugal espera-se que o novo ciclo eleitoral retire a Sócrates a maioria absoluta. Ficou provado que, no nosso país, maioria absoluta rima com autoritarismo e arrogância.
No mundo, espera-se que Obama inicie a construção de uma Nova Ordem Económica que enterre de vez o neo-liberalismo e aquilo que ele representou em termos de retrocesso histórico. Na Europa, o problema está no facto de os grandes defensores políticos e ideológicos desse regresso à realidade sócio-económica do século XIX continuarem a dominar as políticas e a comunicação social, defendendo as velhas receitas falidas, como o fazia a semana passada José Miguel Júdice (um conhecido responsável por essa entidade “ética” que dá pelo nome de Banco Privado Português e ligado a consultadorias que tanto têm contribuído para desbaratar os dinheiros do Estado), que defendia, como solução para a crise, o aumento dos horários de trabalho, com redução dos salários e de direitos como o 13º mês e o subsídio de férias… Sem comentários!
Apesar de tudo, um Bom Ano de 2009 para todos.
2 comentários:
Nem mais...
Olá Venerando,
Uma lúcida análise!!!!
Que os novos dias SEJAM realmente algo de MELHOR!!!!
TUDO DE BOM!!!!
M.C.
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