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terça-feira, 13 de outubro de 2015

SOLIDÁRIOS COM LUATY BEIRÃO


O activista angolano Luaty Beirão está em perigo de vida.

Destacamos AQUI a reportagem que o jornal Público dedica hoje ao tema, que se está a tornar incómodo, não só para o corrupto governo angolano, mas também para o governo português.

Para o governo português os negócios têm falado mais alto do que a defesa dos Direitos Humanos, daí o silêncio demasiado ruidoso sobre um cidadão preso em Angola, por acusações absurdas, e que é também um cidadãos português.

Em solidariedade para com Luaty Beirão e outros angolanos que arriscam a vida para defenderem os mais elementares direitos humanos junto do governo corrupto de Angola, aqui divulgamos um documentário, quase desconhecido, sobre a origem da actual contestação ao governo angolano.

Historial das Manifestações 2011

O REGRESSO DE ASTÉRIX

BêDêZine: O REGRESSO DE ASTÉRIX: As novas aventuras de Astérix e Óbelix foram  ontem apresentadas ao público numa sessão na Torres Eiffel. Trata-se do 36º álbum da série...

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Querem ver a direita pelas costas? …Tenham paciência , não caiam na armadilha, e deixem-nos governar mais um ou dois anos!!!


A histeria está lançada nas hostes da direita, entre os bloguistas do costume, os pequenos gobelzinhos do “Observador”  e os comentadores de serviço…parece que “vêem aí …os comunas!!!”.

O pânico tomou conte dessa gente e ei-los a desenterrar todos os fantasmas do PREC. Só falta recuperar  os “comunas comedores de criancinhas” e o MDLP a pôr bombas em sedes do PCP… e agora também, actualizando, nas do Bloco de Esquerda e até nas do PS.

Tenham lá calma!!!

Como dizia hoje Rui Tavares na sua crónica semanal do Público, não é do regresso do PREC que se trata, mas, pelo “contrário, isto é a superação, esperemos que definitiva, dos traumas do PREC na esquerda portuguesa”.

Pela minha parte é positivo o diálogo à esquerda e espero que seja para continuar.

Claro que existem diferenças importantes entre os três partidos da esquerda com representação parlamentar, mas o diálogo é a única maneira de superar divergências, muitas delas absurdas e que se baseiam em preconceitos mútuos.

Citando ainda Rui Tavares, há “demasiados anos que pagamos um preço demasiado alto por causa da impossibilidade de diálogo entre a nossa esquerda. Há demasiados anos que fica mais fácil à direita governar porque a esquerda não governa nem conversa. Fica mais fácil baixar salários, cortar pensões ou beneficiar os sistemas privados  em detrimento do público”.

Também concordo com Rui Tavares que esse entendimento peca por tardio: “Teria sido bom que os partidos de esquerda não se tivessem sempre comportado com cão e gato. Que não tivessem dado a entender que a sua disponibilidade governativa implicaria uma rejeição total da integração europeia. Que não tivessem tratado os defensores da convergência com hereges e traidores”.

Também não existe nada na lei, na Constituição, na prática política democrática europeia que impeça os três partidos que constituem a maioria absoluta do Parlamento e que têm em comum a recusa crítica ao tipo de austeridade aplicada pela direita, que venham a formar governo. Essa é a normalidade em regimes com democracia consolidada, embora nunca tenha acontecido em Portugal.

Contudo, penso que essa solução é prematura e perigosa.

O eleitorado deu a primazia eleitoral aos partidos do governo de direita, embora retirando-lhes a maioria, querendo dizer com isso, segundo a minha interpretação, tão legitima como outras:

- por um lado, jogar pelo seguro, “dizendo” à direita “continuem lá governar para agradar aos mercados e às antidemocráticas instituições europeias que são quem continua a mandar nisto tudo, mas agora têm de dialogar à esquerda e têm de atenuar a austeridade ou aplica-la junto dos que dela beneficiaram (banca, sistema financeiro, grandes fortunas)…mostrem lá que ainda são social-democratas e democratas cristãos, e, já agora, defendam os portugueses das malfeitorias dessas instituições, cumpram mesmo o que disseram na campanha eleitoral, que era pôr “Portugal à frente”;

- por outro lado  dizer  à esquerda: “têm a maioria, mas ficam sem o governo, que é  para ver se se entendem, se se demarcam do socratismo, se encontram uma alternativa credível , se ganham as presidenciais, se enterram os fantasmas do passado e se renovam o discurso, para depois, sim, governarem como nunca fizeram”.

Formar agora um governo de esquerda seria desastroso e irrealista. 

Com este presidente da República, com as instituições antidemocráticas europeias a chantagearem com fizeram com a Grécia e com os gobelzinhos de serviço na comunicação social, criar-se-ia um clima de guerra civil que esmagaria rapidamente a esquerda e retirar-lhe-ia legitimidade.

A situação seria totalmente diferente se o PS tivesse sido o partido mais votado.

Por isso é melhor começar a preparar a alternativa à esquerda, com diálogo à esquerda, que devia começar pela apresentação de um candidato presidencial comum e, depois, por acções no parlamento em conjunto, mas dando um prazo para a direita governar mais um ou dois anos.

Não é a esquerda que tem de tomar a iniciativa de negociar à direita, mas é a direita que tem de demonstrar capacidade de abertura negocial para conseguir sobreviver no periclitante poder que os portugueses lhe deram.

Quem aguentou uma década e meia de politicas de direita pode aguentar mais um ou dois anos para reforçar legitimidade e para desmascarar de vez a coligação de direita e, já agora, torcendo para que se dêem mudanças políticas da União Europeias que a façam retomar o seu projecto fundador.

A precipitação da esquerda pode ser má conselheira e deitar tudo a perder.

Por isso, entendam-se…mas tenham mais um bocadinho de paciência…

Jim Del Monaco volta Hoje à banda desenhada portuguesa

BêDêZine: Jim Del Monaco volta à banda desenhada portuguesa: Vai ser hoje lançado um novo álbum da série "Jim Del Mónaco", uma das mais bem sucedidas séries de Banda Desenhada Portuguesa....

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Bielorussa Svetlana Alexiyevich ganha o Nobel da Literatura


( a sua única obra edita em Portugal)

Bielorussa Svetlana Alexiyevich ganha o Nobel da Literatura | Cultura | Diário Digital (clicar para ler).

PRAGA - PRAÇA DA CIDADE VELHA


Praga é formada pela união de várias antigas cidades medievais.








No centro fica "Staré Mestro", coração de Praga e no centro desta a "Praça da Cidade Velha" entre a Igreja de Nossa Senhora de Tyn,a este, o segundo edifício religioso mais importante de Praga ( o primeiro é  Catedral de S. Vito, no "Castelo") e o edifício da antiga Câmara Municipal, a oeste, com o  torre onde está o famoso relógio astronómico restaurado no século XVI.















A  construção da Igreja de Tyn iniciou-se em 1365 e foi, até 1620, o centro espiritual do hussismo, o movimento reformista checo.e simbolo da identidade nacional Checa.





No centro da Praça ergue-se a imponente estátua dedicada a Jan Hus.



Quase todos os importantes acontecimentos da história checa tiveram esta praça como referência.

As fachadas dos edifícios que cercam a praça fazem a síntese de todas as épocas que podemos encontrar na arquitectura da cidade, desde ao românico, ao modernismo, passando pelo gótico, pelo renascentista,pelo barroco e pelo rócócó.








Dirigindo-nos para a saída oeste da praça, seguindo o conjunto urbano pegado à fachada do relógio astronómico deparamos com a Casa da Esauina "Ao Minuto" (Dum U Minuty), totalmente coberta de esgrafitos de cenas bíblicas, casa na qual viveu, durante sete anos, a família de Franz Kafka.



A partir da Praça da Cidade Velha podemos ter acesso a algumas das zonas mais importantes da cidade.

Para sul pela "Melantrichova" e continuando pela "No Mutsku", desembocamos na icónica Praça Venceslau.



Para Oeste, passando pela praça "Malé" coberta de arcarias e esplanadas, seguimos até à "Karlova" e chegamos à mítica Ponte Carlo IV.



Para Norte, pela "Parizka" que faz juz ao nome, pois remete-nos para as fachadas que nos fazem lembra as avenidas parisienses, vamos ter à antiga e martirizada zona da judiaria, com o seu impressionante cemitério.


Para Este, pela "Celetna" vamos ter à misteriosa "Torres da Pólvora" e desembocamos na Praça da República dominada dominada pela Casa "Obecní" (ou Casa Municipal), um dos grandes símbolos do nacionalismo checo do século XX, exemplo máximo do modernismo checo.




Mesmo que não consigam visitar mais nada em Praga, a Praça da Cidade Velha e as ruas vizinhas são fundamentais para se ficar a conhecer alguma coisa da arte, do urbanismo e da vida desta cidade.

AmadoraBD está de volta.

BêDêZine: AmadoraBD está de volta. A edição de 2015 tem com...: A 26ª edição do AmadoraBD vai ter com temática principal "A Criança na BD", (ler mais clicando em cima)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A Comunicação de Cavaco não surpreendeu nem desiludiu...Ele confirmou que é o presidente...de alguns portugueses!

Cavaco Silva não perdeu tempo e, sem a ouvir todos os  Partidos eleitos para o parlamento, "reconduziu" rápidamente o governo.

Excluiu, logo à partida, 20% dos eleitores das soluções políticas para o país e "ameaçou" o PS.

O contrário é que nos podia surpreender, daquele que tem sido o Presidente de alguns portugueses.

Ficou mais uma vez provado que este governo é o governo de Cavaco e que as medidas austeritárias são o programa que Cavaco deseja para o país e que, da Constituição que era suposto defender, vai continuara  a fazer "tábua rasa".

"Tudo está bem quando acaba bem!"...Acabará?

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Respigo da Semana - Ana Paula Alexandre : “Sinto-me estrangeira num país em que 38% ainda quer viver ajoelhado “


“Pertenço a um país, em que cerca de 38% dos que hoje votaram, defendem objectivamente que:

“a) menino pobre é para trabalhar nas obras, escola para todos é um luxo num país como o nosso;

“b) velhinho com baixa reforma deve aguentar a doença e ficar muito grato se tiver uma consulta ao fim de 2 anos;

“c) quem trabalha deve contar o dinheiro e não comprar um brinquedo para os filhos, porque o banco está a ir à falência e precisa que lhe paguem os prejuízos;

“d) liberdade é escolher qual o patrão que nos vai escravizar e deixarmos de estar desempregados, porque aceitamos receber uma esmola ou até aceitamos receber apenas a promessa de que um dia, se nos esforçarmos muito, pode ser que a cabeça bondosa do patrão nos compense;

“e) devemos resignarmo-nos e agradecer a Deus o pão de cada dia, quando ele existe e rezar para que ele apareça amanhã, se hoje a mesa estiver vazia e a mais não somos obrigados;

“f) pobre tem direito a emigrar e a sentir saudade ;

“g) os empresários devem ser socialmente protegidos porque, sem eles, deixávamos de ser país; uma fábrica sem trabalhadores funciona normalmente, agora sem patrões…

“h) dignidade da pessoa humana é coisa para discurso do Papa, fica bem falar nela, mas reivindicá-la todos os dias é impossível, nascemos com coluna vertebral para andarmos curvados e essa é a posição normal, para ficarmos no nosso cantinho, aconteça o que acontecer, curvadinhos a olhar para o chão, que olhar para o sol encandeia a vista…

“i) os arrogantes e incompetentes devem ser premiados, por isso, devem ser escolhidos para todos os lugares de poder, desde o governo, até ao chefe do serviço de limpeza lá da empresa, por terem o perfil adequado para dar ordens nesta sociedade em que vivemos;

“j) a mentira deve ser elevada à qualidade maior do ser humano, e deve ser um valor a ter em conta na educação dos nossos filhos, porque se aprenderem a mentir bem, serão gente empreendedora e de sucesso;

“k) a ordem natural das coisas é a vítima gostar do agressor, o escravo adorar quem o algema, e, portanto, é natural sermos um povo que agradece, venera e vota em quem o roubou todos os dias, quem o reduziu à miséria todas as semanas, quem o exportou todos os meses e quem o sufocou durante 4 longos anos.

“Sinto que, só por engano à nascença, posso ter a mesma nacionalidade no bilhete de identidade. Sinto-me estrangeira num país em que 38% ainda quer viver ajoelhado”.


Ana Paula Alexandre, 4 de Outubro de 2015

Cuidado! ele vai falar!!!! : Cavaco faz comunicação ao país sobre

Já cá faltava este !!!....ou os delírios de Schäuble: "Resultado das eleições 'é um encorajamento' para austeridade "


O "dono disto tudo" deu um ar da sua graça, aparecendo a comentar os resultados das eleições na sua quinta de estimação, Portugal.

Parece que o tenebroso e patético sr.Schäuble não percebe nada do que se passa à sua volta e continua ligado à mesma cassete da defesa da austeridade.

Não percebeu que em Portugal a maioria esmagadora dos eleitores rejeitou as políticas de austeridade e que a própria coligação governamental só se conseguiu manter no lugar, em primeiro lugar porque andou a apregoar (...a mentir!!!) na campanha eleitoral que a "austeridade" já era, que nada tinha a ver com a troika e que o que fez foi porque foi obrigada (mais ou menos por estas palavras).

Podemos interpretar as eleições de muitas maneiras, mas o único dado claro é que, de forma ingénua ou não, a maioria dos eleitores rejeitou a austeridade e, quanto muito, deram uma oportunidade para este governo mostrar que tem outras políticas para o país, diferentes das do plano de resgate ( pelo menos foi isto que a coligação andou a prometer nas eleições).

Aliás, ao longo deste ano a houve de facto um certo abrandamento da austeridade, mercê das intervenções do Tribunal Constitucional e/ou por mero eleitoralismo.

As pessoas votaram como votaram, uma ingénuamente, outras convictamente, outras porque têm a memória curta, porque acreditaram (erradamente, quanto a nós, como vão ver já nos próximos tempos)  no discurso eleitoral da coligação segundo a qual a troika tinha saido do país e a austeridade ía ser, no mínimo, atenuada.

Pelo menos as afirmações do sr. Schäuble tem o mérito de nos recordar para que serve a coligação no governo de Portugal.

O Sr, Schäuble continua a delirar, e não percebe o que se está a passar na Europa,onde os cidadãos começam despertar, mas o problema é que leva no delírio os responsáveis pelas instituições não democráticas da União Europeia (Eurozona, BCE e Conselho Europeu), contribuindo para continuar a destruir o projecto europeu.. 

Bruno Prates, autor do "CaldasToon".

BêDêZine: Bruno Prates, autor do "CaldasToon", uma série de ...: Por ocasião do número comemorativo do 90º aniversário do jornal “Gazeta das Caldas” ficámos a conhecer o trabalho do cartoonista de Caldas da Rainha Bruno Prates....

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

As “vitoriazinhas” e as “derrotazinhas” das eleições de ontem…


Parafraseando  a frase assassina de António Costa contra António José Seguro, a propósito do resultado eleitoral do PS nas eleições europeias, onde este ganhou por  “poucochinho” no primeiro embate contra a coligação, os resultados destas eleições deram muitas “vitóriazinhas” e muitas “derrotazinhas”.

Em primeiro lugar a coligação de direita, que obteve uma “vitóriazinha” porque, apesar de tudo, cortou a “meta eleitoral” em primeiro lugar e, em eleições, ganha quem chega à frente, mesmo que por “poucochinho” .

Foi uma “vitóriazinha” porque ele foi conquistada apesar da “derrotazinha” de ter perdido mais de seiscentos mil votos e  vinte e oito deputados, face àquilo que os partidos da coligação, no seu conjunto, tinham conseguido em 2011.

Enfim foi também uma “derrotazinha” da coligação de direita que, ganhando, perdeu a maioria absoluta e terá de governar contra a maioria “absolutíssima” “anti-austeritária” do eleitorado e do parlamento ….ou uma “vitóriazinha de Pirro”…

Também a CDU obteve uma “vitóriazinha” (que a costumada cegueira irrealista da sua direcção política procurou, em patéticas afirmações na noite eleitoral, transformar em “vitoriazona”…) porque ganhou menos de quatro mil votos e mais um deputado e contribuiu, embora “poucochinho”, para que a coligação de direita perdesse a maioria absoluta, disfarçando a “derrotazinha” de ter perdido esta ocasião única para se tornar na terceira força política do parlamento, de recuperar os dois dígitos na percentagem de eleitores e de ter deixado de ser, talvez de forma irreversível,  a grande referência da esquerda à esquerda do PS.

Por sua vez o PS sofreu uma assinalável “derrotazinha”, a primeira derrota eleitoral  depois de ter vencido, mesmo que por “poucochinho” , as últimas eleições pós – socráticas, as autárquicas e as europeias, em conjunturas bem mais complicadas de vencer do que estas.

Resta-lhe a consolação de ter obtido a “vitóriazinha” de ter recuperado menos de duzentos mil votos e mais onze deputados (tantos como o Bloco de Esquerda…) e de estar nas suas mãos a viabilidade das políticas austeritárias do governo. Foi assim que, na Grécia, o PASOK  se eclipsou…Enfim…outra “vitóriazinha de “Pirro”…

Mas nem tudo foram “vitóriazinhas”  ou “derrotazinhas”.

Houve também GRANDES VITÓRIAS e GRANDES DERROTAS.

Em primeiro lugar a Grande Vitória pessoal de  Paulo Portas, que ontem não disfarçava a sua euforia,  e do seu CDS, que  vão ser os grandes beneficiados da “vitóriazinha” da coligação, que lhe  pode permitir, em ganhos eleitorais, disfarçar a provável “derrocada” do seu Partido, caso tivesse concorrido sozinho a estas eleições, mas, mais do que isto, vir a ter um grupo parlamentar que se pode tornar na terceira força política parlamentar, tonando o PSD o segundo partido, com menos deputados que o PS,  e ser, no futuro, um partido charneira que pode dar muitas dores de cabeça a Passo Coelho.

Em segundo lugar, a real e verdadeira Grande Vitória nestas eleições , a do Bloco de Esquerda, que ultrapassou os 500 mil votos,  e conquistou onze novos deputados, tornou-se o terceiro político parlamentar (até ver o que se vai passar com a organização no parlamento dos partidos da coligação), ganhou em muitos distritos onde os partidos à esquerda do PS nunca tinham conseguido representação parlamentar e canalizou o voto dos descontentes.

Ainda por cima, reduziu a cinzas os partidos que tinham surgido de cisões internas que anunciavam o eclipse de BE.

 Uma outra Grande Vitória foi a do partido Pessoas, Animais e Natureza,  trazendo, pela primeira vez  ao parlamento, neste século XXI, uma nova formação política, ainda por cima uma formação que apresenta algumas questões inovadoras, tais como, para além da bandeira de longa data de acabar com os canis de abate, a defesa da  criação de um novo índice para aferir a qualidade de vida de um país, o “índice de Felicidade Interna Bruta”,  idéia que tem vindo a ganhar peso internacionalmente, ou uma jornada de trabalho de30 horas (há muito tempo aplicado na Suécia com excelentes resultados na produtividade e riqueza daquele país) Se souber usar o novo espaço de divulgação das sua ideias inovadoras e ambientais pode vir a ser, no futuro, muito mais que um epifenómeno político.

Quanto aos Grandes Derrotados, eles foram, em primeiro lugar Marinho e Pinho e a sua postura populista e arruaceira, ou o Livre que não conseguiu mostrar que tinha propostas diferentes das do Bloco de Esquerda ou que a sua razão de ser ía muito além das simples questiúnculas pessoais e de feitio, que ao longo do tempo tanto têm contribuído para minar a esquerda.

Mas , quem saiu verdadeiramente derrotado nestas eleições,  foi a Política austeritária imposta pela União Europeia e pela Troika e diligentemente aplicada pelo actual governo. Há que não esquecer que, mesmo a coligação fez toda a campanha eleitoral à volta da tentativa (que pelos visto resultou) de se demarcar da Troika e das medidas de austeridade…

Enfim, de “vitóriazinha” em “vitóriazinha” e de “derrotazinha” em “derrotazinha”, cá iremos andando até as próximas eleições parlamentares, que, quanto a nós, não tardarão mais de dois anos.


O cartoon do Dia : A propósito do 5 de Outubro