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sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Quando o Governo de Portugal adopta a táctica da “pesca de arrasto” de Israel.


Parece que a táctica do governo de Israel de “pesca de arrasto”, para apanhar presumíveis terroristas, está a servir de modelo para acções policias do governo português.

A táctica Israelita é a seguinte: presume-se que um presumível “terrorista”, assim classificado pelo governo israelita, vive num determinado bairro, então bombardeia-se o bairro e fica-se com a certeza que se eliminou o dito “terrorista”, de preferência junto com toda a família, pais, filhos, esposa, primos e tios, e já agora todos os moradores do bairro, transformados em “danos colaterais” .

Ao que parece, a moda está a pegar por cá, adoptada em acções policias de “combate ao crime”.

Não há mortes, embora por vezes as coisas não corram bem, como já aconteceu pontualmente em certos bairros ditos problemáticos, mas há humilhação e ameaças a habitantes de bairros inteiros, onde vivem alguns presumíveis  criminosos suspeitos.

Mais grave ainda, alinha-se no preconceito semeado pela extrema-direita em relação aos “estrangeiros” (não todos, se forem oligarcas de leste, especuladores financeiros em lavagem de dinheiro e especulação imobiliária ou  mafiosos ocidentais, as acções, se existem, são discretas, sem incomodar muito os bairros chiques onde essa gente vive), e escolhem-se os bairros onde esses “estrangeiros” vivem.

Depois, com estrondo e aparato, encostam-se todos os habitantes e pessoas que ali circulam, com ar de estrangeiro, à parede, e revistam-se, e pode ser que a táctica da pesca por arrasto dê alguns frutos.

Azarito!! “Apanharam” um pequeno traficante como umas gramitas e uma arma ilegal, e está justificado o aparato da operação. Azarito ainda maior, afinal o “perigoso” criminoso, apanhado por acaso, não é emigrante, é português!!!???

Provávelmente teriam mais êxito se usassem o mesmo método em certos bairros chiques de Lisboa, em ruas de bares frequentados por nómadas digitais ou por “jovens liberais”.

Experimentem o mesmo método nas festas da cidade, nos desfiles e festas de Carnaval e verão a surpresa que vão ter!!!

Pelo resultado, percebe-se que o objectivo não é apanhar criminosos mas, pura e simplesmente, intimidar e humilhar comunidades inteiras, fazendo um servicinho à extrema-direita xenófoba, talvez acreditando que tiram daí dividendos políticos, retirando argumentos a essa mesma extrema-dirieta.

Tenho uma má notícia. Quem tentou fazê-los por outras bandas só contribuiu para “normalizar” essa ideologia e dar-lhes “razão”, contribuindo para o seu crescimento eleitoral.

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