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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Homenagem ao fotógrafo chileno Sergio Larraín (1931-2012).



Faleceu esta semana o fotógrafo chileno Sergio Larraín, considerado o “Robert Frank latino”.

Nascido em 1931, Larraín estudou engelharia nos Estados Unidos, iniciando-se aí na fotografia.

Regressando ao seu país, começou a trabalhar como fotógrafo independente, colaborando activamente com a publicação brasileira “O Cruzeiro”.

Partindo para Paris em 1959, associou-se à agência Magnum.

Regressando ao Chile em 1961, abandona a fotografia em 1970, para se dedicar à meditação, ao yoga e aos estudo da filosofia.

Entre as suas obras mais famosas estão as edições de “London”, recolhendo imagens da sua deslocação a esse país nos anos 50, “La casa em la arena”, de 1966, em colaboração com Pablo Neruda e “Valparaíso”, editada em 1991, que reúne as suas impressões fotográficas sobre esta cidade chilena.




















A FOTO DO DIA - 16 - Nebulosa Carina

Fotografia captada pelo super telescópio do Observatório Astral Europeu.
Trata-se da nebulosa Carina, aqui na sua imagem mais nitida de sempre. A nebulosa Carina é considerada uma incubadora de estrelas

August Landmesser, o homem que não fez a saudação nazi

Uma história actual.
Dos carneiros nunca rezará a história...apenas daqueles que, arriscando tudo, até a vida, se mantêm fiéis aos seus princípios.
Essa foi a história de August Landmesser que, no meio da multidão, se recusou fazer a saudação nazi...
Hoje as "saudações" que nos obrigam a fazer (...aos mercados, à austeridade, ao consumo, às modas, à perda de direitos....) são outras.
Mais uma vez é importante promover a coragem da rebeldia contra o unanimismo, seguindo o exemplo de Landmesser...

August Landmesser, o homem que não fez a saudação nazi - Mundo - PUBLICO.PT (clicar para ler a história)

O SOM DO DIA - 97 - U2 - Bono & The Edge - Happy Birthday 2U...desculpem lá, mas também tenho direito a "oferecer-me" um tema para o dia..

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

MAIS UM "CROMO": Presidente do Parlamento Europeu diz que o futuro de Portugal é “o declínio” .



As  afirmações do presidente do Parlamento Europeu, o sr. Martin Schultz, estão a fazer furor em Portugal.

Disse o sr Schultz (um nome que, na Alemanha, deve ser tão vulgar com sr.Silva e que me faz recordar nome de soldado nazi alemão nas aventuras do Major Alvega…) que o primeiro ministro português, tendo-se deslocado a Luanda “apelou ao Governo angolano que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro”. Ora, para o sr Schultz, o desenvolvimento das relações económicas de Portugal com Angola (ou, presumo, com qualquer outro país de expressão portuguesa, fora da União Europeia) anuncia um futuro de “declínio” e é “também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável [????]l, em conjugação com a nossa estabilidade económica [?????] , só teremos hipóteses no quadro da União Europeia”.

Pelo que ouvi há pouco na Antena 1, a intervenção do sr. Schultz foi ainda “alindada” com algumas referências ignorantes e preconceituosas sobre o colonialismo português…

Claro que, noutra conjuntura ou pela boca de outra pessoa, que não fosse um responsável político Alemão, até se podiam compreender as palavras do sr. Schultz e a sua preocupação com o facto de países europeus (como a própria Alemanha, aliás..), porem os interesses económicos e financeiros à frente da defesa dos direitos políticos e socias dos países com quem negoceiam, legitimando assim o dumping social de Estados ditatoriais e/ou corruptos.

O mesmo Schultz, mais á frente na sua intervenção, criticou a crescente aproximação entre a Europa e a China, um país cujo desenvolvimento económico assenta, segundo ele (e aqui estou plenamente de acordo) numa “sociedade esclavagista, sem direitos, numa ditadura que oprime implacavelmente o ser humano”.

O que o sr. Schultz não disse é que actual política de austeridade, imposta pelo poder político, económico e financeiro alemão, aos países da periferia, é responsável pela descrença dos cidadãos destes países na resolução da sua grave e trágica situação no “quadro da União Europeia”, e que países, como Portugal, que tenham alternativas fora deste espaço, só poderão encontrar soluções (para fugir ao circulo vicioso de “mais austeridade, mais desemprego, menos desenvolvimento económico, descida dos ratings, aumento dos juros, aumento do deficit e da dívida, mais auteridade, etc, etc….”) fora da União Europeia.

O que o sr. Schultz se esqueceu de dizer é que é exactamente o abandono da solidariedade devida no seio da União Europeia e as atitudes xenófoba, autoritária e arrogante do poder político e financeiro alemão que estão na origem do crescente descrédito, por parte dos cidadãos europeu, no próprio projecto europeu e que os leva a virarem-se para outros “mundos”, em busca de “salvação”.

Para quem (como eu, até hoje..) alentasse alguma esperança de que a Alemanha, mudando de política, abandonava a sua postura em relação à Europa e aos países periféricos em dificuldades, perdeu de vez todas as ilusões com as palavras do sr. Schultz. É que este senhor é um dos líderes do maior partido político alemão de oposição à srª Merkel, o Partido Social-Democrata.

Fica assim evidente que a postura autoritária, arrogante, preconceituosa, egoísta e insultuosa da sr. Merkel encontra eco na generalidade dos políticos alemães, mesmo naqueles que não fazem parte da sua família política.

Como se comprova, uma Alemanha unificada e forte, em vez de representar uma mais-valia para o desenvolvimento democrático e económico do projecto europeu, está a revelar-se um perigo para a estabilidade e a solidariedade que era necessário para ultrapassar a actual crise.

Pela terceira vez em cem anos, a Alemanha está a conduzir a Europa para o desastre…

O RESPIGO DA SEMANA - somos todos "insustentáveis"...A crónica de Baptista Bastos

"OS INSUSTENTÁVEIS
por Baptista Bastos


"Aguiar-Branco chegou e disse. Na cara de generais, coronéis e afins, decretou que a tropa, tal como está, é financeiramente insustentável. A afirmação caiu mal, ainda por cima porque pressupunha a redução drástica de efectivos. É um sinal dos tempos. Desde que este Governo ascendeu ao poder, fomos sabendo, com sobressalto e resignação, que a pátria é insustentável. Na saúde, na educação, na assistência social, na justiça, na segurança, nos transportes públicos, na RTP, na RDP, nas pensões e nas reformas, sem a supressão dos subsídios de férias e do décimo segundo mês, com a manutenção da tolerância de ponto no Carnaval, a pátria não consegue sustentar-se a si mesma. Pergunta-se: então, como se aguentou, até agora? Com dívidas, golpadas, ardis e manigâncias?

"Nesta teoria de "insustentabilidade", os próprios portugueses estão incluídos. O Governo não sabe o que fazer deles, e incita-os a emigrar, com o descaramento de quem é incapaz de solucionar o problema e assim dissimula a sua incompetência política e ética.

"Mas as coisas complicam-se. E as decepções vão-se acumulando. A solidariedade parece estar desempregada na Europa. O imigrante é olhado de soslaio. Uma das facetas essenciais do neoliberalismo é reduzir a democracia às funções de "superfície" e estimular o individualismo. O "estrangeiro" é o inimigo. A possibilidade de escolha, apanágio das sociedades democráticas, dissolveu-se: não há oásis; o conceito de pluralidade transformou-se numa hostilidade que ronda a abjecção. O jornalista Noé Monteiro, correspondente na Suíça da RTP, foi o autor, no domingo, p.p., de uma pungente reportagem sobre portugueses que tentaram fugir à fome e à miséria e entraram num outro crisol do inferno. A Suíça, outrora acolhedora, embora áspera e burocrática, ela própria feita de politeísmo de culturas e de valores, é uma incerteza irredutível. O neoliberalismo impôs a normalização das estruturas e dos comportamentos. O mundo, hoje, é um lugar de vazio, de afronta e de desumanização.

"Em Portugal, ameaçados pelas contingências de uma filosofia política que alastrou como endemia, os portugueses não sabem que fazer. Aliás, como as hesitações, as derivas e as perplexidades de quem nos governa. Esta gente quer-nos levar para aonde?

"Parece que ninguém possui capacidade e talento para enfrentar a realidade circundante. "Todos somos culpados." A frase, utilizada por quem, realmente, é responsável, serve de encobrimento a uma experiência político-económica que deixou a Europa de rastos e promoveu a mediocridade como norma. O surgimento de Merkel e de Sarkozy pertence a essa lógica do absurdo, incapaz de resolver a complexidade criada pela sua própria irracionalidade.

"Estamos num ponto da História em que todos somos "insustentáveis"".

in Diário de Notícias – 8 de Fevereiro de 2012

A FOTO DO DIA - 15 - Comemorações do bicentenário de Charles Dickens

Desfile dos membros de uma espécie de clube de fãs da obra de Charles Dickens, ontem, pelas ruas de Portsmonth, Inglaterra, por ocasião das comemorações do bicentenário do nascimento daquele célebre escritor.
(Foto de Peter Macdiarmod/Getty/The Irish Times).

Monty Python - Como identificar um Maçom

O SOM DO DIA - 96 - Resistência - Que Amor não me Engana (Zeca Afonso)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Bandeiras alemãs queimadas por manifestantes na Grécia...

Foi deste modo que os manifestantes gregos responderam à humilhação que a Alemanha quer impôr aos Gregos.
Os velhos fantasmas estão de regresso:



O Cromo da Semana: "É tempo de saber quem quer ficar agarrado a velhas tradições" - Passos Coelho

Ontem o sr. Primeiro-ministro esteve especialmente inspirado no exercício da bacorada gratuita.
Efeitos da época carnavalesca? Ou será o poder que lhe está a subir à cabeça?

Primeiro cromo, em tom de ameaça: “é tempo de saber quem quer ficar agarrado a velhas tradições”.
Pensava eu que o "pós-modernismo"  estava morto e enterrado. Enganei-me redondamente.

Foi em nome do combate à “tradição” que, em Portugal, se confundiu desenvolvimento económico com a destruição das pescas, da agricultura e da indústria.
Foi em nome do combate à “tradição” que, por cá, se abandonou à pior sorte a já de si rudimentar rede de transportes públicos em nome do “progresso”, coroando o transporte privado motorizado, com custos económicos, energético e ambientais cada vez mais incomportáveis.
Foi em nome do combate à “tradição” que se destruiu a dimensão humana do comércio tradicional, em nome do “progresso” da implantação de centenas (milhares?), de mega superfícies comerciais e centros comerciais, apelando a um consumo desenfreado e convidando-nos a viver “acima das nossas possibilidades”, com a alegre complacência da banca, gerando o círculo vicioso do endividamento privado, que nos colocou na situação actual.
Foi em nome do combate à “tradição” que se destruiu a nossa paisagem rural e o nosso património urbano, duas mais valias que hoje tanto nos fazem falta para concorrer internacionalmente na actividade turística: a primeira rasgada por auto-estradas de duvidosa utilidade e enxameada por moinhos eólicos semeados sem regras e produzindo em benefício de poucos, já que a energia continua cada dia mais cara para os consumidores,: o segundo desvalorizado pela vizinhança de alarves urbanizações “à Taveira”, estádios de futebol de gosto arquitectónico duvidoso e tomadas pelo alcatrão em benefício do automóvel e em detrimento dos peões.
Em nome do combate à “tradição” promoveu-se a “cultura pimba”, em detrimento da valorização da nossa identidade cultural e histórica.
Agora, em nome do combate à “tradição”, abolem-se feriados e o direito ao descanso e ao lazer.

Segundo cromo: para o primeiro-ministro, pode saber-se os custos de um feriado, “basta[ando] (…) dividir o nosso PIB pelos dias de trabalho”!!!!. ....e os "nossos" economistas e  comentadores, sempre tão prontos em defender mais austeridade e a redução dos direitos de quem trabalha, não vêem agora protestar contra tal alarvidade?
Então, para sabermos quanto custa um dia de trabalho, dividimos o PIB por dias de trabalho? Que aldrabice, que falta de rigor, que ignorância estatística! …

Ao ouvir tamanhas alarvidades os portugueses, de facto, como pediu também ontem  o senhor primeiro-ministro, no terceiro Cromo do dia, devem começar a ser “menos piegas” e "complacentes" e a reagirem com cada vez maior indignação e revolta a tanta ignorância e boçalidade da nossa classe política, principalmente esta geração provinciana e inculta formada nas "jotas"....
É tempo de saber quem quer ficar agarrado a velhas tradições - Expresso.pt (clicar para ler reportagem sobre as afirmações do primeiro ministro).






A FOTO DO DIA - 14 - Cabul sob um manto de neve

(Fotografia de Mohammad Imail / Reuters)

DIA DO BICENTENÁRIO: Mostra : Charles Dickens em Portugal : 7 Fev. | 18h30

Abre hoje, na Biblioteca Nacional de Lisboa, uma exposição comemorativa do bicentenário do nascimento de Charles Dickens:
Mostra : Charles Dickens em Portugal : 7 Fev. | 18h30 (clicar para ver reportagem sobre o evento)

NO JUBILEU DA RAINHA: Mr Bean - Meeting Royalty

O SOM DO DIA - 94 - R.E.M. Drive

domingo, 5 de fevereiro de 2012

A Demagogia do corte de feriados

O modo como o tema dos feriados e da sua abolição está a ser equacionado em Portugal enferma de uma grande dose de ignorância, má-fé, autoritarismo e demagogia.

Em primeiro lugar, ignorância pelo significado histórico/cultural de alguns desses feriados. Claro que o problema tem raízes fundas na ignorância cultural e histórica de grande parte das nossas elites, especialmente as políticas, as económicas e as jornalísticas.

Nunca se rentabilizou o verdadeiro significado dessas datas e, para uma parte do “povo”, um feriado é visto como mais uma oportunidade de se pavonear pelas catedrais do consumo, em vez de aproveitar essas datas para as ocupar num passeio, numa visita a um sítio cultural ou para, pura e simplesmente, cultivar amizades e solidariedades.

E foi assim que muitos feriados perderam o seu significado e pouco dizem à maior parte das pessoas.

Em segundo lugar, o debate sobre o tema está eivado de má-fé, porque se procura criar a ideia que o lazer e o descanso, proporcionado pelos dias de feriado, são uns desperdícios económicos, incapazes de criar riqueza.

Mais uma mentira, tanto mais escandalosa quanto este é um país que se vangloria das suas capacidades turísticas.

Em terceiro lugar, esse debate trás ao de cima o mais negro autoritarismo da nossa classe política, secundada pela alarvidade de alguns comentadores, por negarem a tradição de alguns feriados, impondo o cinzentismo da sua ideologia, impondo, sem debate público, cortes nos feriados que chocam com as suas convicções.

Não deixa de ser significativo, aliás, que um “não-feriado” como a terça-feira de Carnaval, que ninguém ainda teve coragem para transformar em feriado oficial, seja um daqueles que mais dinâmicas provoca na sociedade civil e que mais adesões conhece por parte desta, fazendo “inveja” à mobilização de outros feriados oficiais, ao mesmo tempo que tem sido a maior vítima de governantes com laivos autoritários que, desrespeitando tudo e todos, procuram, com uma regularidade irritante, aboli-lo do calendário.

O autoritarismo e cinzentismo dos poderes deste país nunca se deram bem como carácter libertário e transgressor dessa data.

Por último, temos a demagogia à volta da abolição de feriados, com o argumento de se aumentar a produção e a riqueza com a sua extinção.

Como se o esforço braçal ou a quantidade de horas no local de trabalho tivesse alguma influência na produção! De facto, em pleno século XXI, marcado por grandes avanços tecnológicos e qualitativos, o que pode marcar hoje o aumento de produção não é o aumento do tempo de trabalho mas a melhoria da sua qualidade e da sua gestão, ao mesmo tempo que se garante a melhoria das condições do trabalho, que passa pelo direito ao descanso e ao lazer.

Os verdadeiros empresários sabem que proporcionar qualidade de vida aos seus empregados gera, a prazo, benefícios para as suas empresas.

Por sua vez, a actual crise económica e financeira só se pode combater com medidas de equidade fiscal, salarial, e de perseguição à fraude e ao compadrio, essas sim capazes de gerar riqueza para o país.

Claro que entre uma parte ignorante da população, ainda marcada pela realidade rural das suas origens, a demagogia desse discurso anti-feriado , contra o lazer e o descanso, continua a ter impacto entre as elites que governam a economia, a política e a informação deste país atrasado, e, cortar nos feriados e aumentar o horário de trabalho, ainda por cima sem contrapartidas salariais, ainda cai muito bem entre uma parte do eleitorado….veremos até quando!

…Só quem não trabalha, ou trabalha mal, ou tem a consciência pesada sobre a sua própria utilidade produtiva para o país, é que desvaloriza, de forma muitas vezes boçal, o direito ao lazer e ao descanso.

Vamos gozar o carnaval, gozando com quem pensa que nos goza….

Fim da tolerância de ponto é um erro crasso, diz António Capucho

Antonio Negri. “Não há saída para a crise. A guerra tornou-se uma possibilidade” .

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Mário Monti e Ferreira Leite: As Graçolas alarves dos "nossos" líderes...

Esta crise económica tem trazido ao de cima o que de piorzinho foi produzido por dezenas de “escolas” de economia e gestão, como se revela pelas ideias que muita gente que vem do meio financeiro e económico, veicula na comunicação social, por essa Europa fora.

Comecemos pelo “gauleiter” Mário Monti, o homem de mão, na Itália, dos interesses do “eixo” Berlim-BCE-Goldman Sach, liderado pelo “reich furher” Merkel.

Exclamou o homem: “Um emprego fixo para toda a vida? Isso já não existe” e, fazendo “graça”, acrescentou: “e [o tal emprego] é monótono”.

De facto, cada vez mais por essa Europa fora, parece que o tal “emprego para toda a vida” só está acessível a esses ridículos políticos que nos governam: do governo para as “fundações”, universidades e grande empresas (de preferência do sector financeiro) públicas e/ou privadas , ou vice-versa.

Por cá também temos muitos desses espécimes. Ainda ontem ouvimos outro disparate desse tipo da boca de (…quem havia de ser!) Manuela Ferreira Leite: “os funcionários públicos são as pessoas com a pouca sorte de trabalhar numa empresa falida”.

Já não há pachorra por tanta falta de respeito pelos cidadãos e pelos seus problemas.

É caso para perguntar que tipo de droga é que as tais universidade de economia e gestão costumam ministrar nas suas aulas para produzir tal tipo gente!!?

Partilhando o Frio com a Europa:


ATENAS


BOLONHA


FRANKFURT

MAR NEGRO


ISTAMBUL

VENEZA

(Fonte: The Irish Times /Reuters)

O SOMDO DIA -90 - Para aquecer o dia : PRETENDERS - 2000 Miles

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Como educar para a cultura : Assim se faz cinema no reino da Dinamarca

A história que a reportagem do Público conta em baixo é paradigmática das diferenças entre países, como a Dinamarca e Portugal, no que à actividade cultural diz respeito.

O cinema dinamarquês é hoje um dos mais criativos e dinâmicos da Europa e …tem público.

Tudo começou nos anos 70, apostando-se na divulgação do cinema nas escolas, junto das camadas mais novas, criando assim um público crítico e informado e disponível para encher as salas de cinema na Dinamarca.

Por lá não se olhou a meios, por parte do Estado, para dinamizar projectos culturais nessa área.

Por cá a cultura ainda é encarada como um luxo. Então se falarmos de cinema, a situação é ainda mais degradante.

Pessoalmente, nos meus tempos de cineclubista, aí pelos anos 80, lembro-me muita gente defender que era na escola que se devia apostar para criar um público para o cinema português.

Infelizmente nada foi feito, a não ser por uma ou outra iniciativa isolada, para apostar na divulgação cultural entre os mais novos, aproveitando o espaço da Escola.

Nos últimos anos a escola transformou-se no prolongamento da creche, ou, como dizia um amigo meu, uma creche para gente crescida, onde se vai para tirar um diploma e "uma profissão" (mesmo que seja para odesemprego...) e cad vez menos para se aprender e desenvolver a capaidades criativas...

Governados nos últimos trinta anos por políticos incultos, que só sabem olhar, e sempre em benefício próprio ou dos amigos, para gráficos e cifrões, não nos podemos admirar do nosso atraso nos mais variados domínios. Se alguma coisa sobressai, tal fica a dever-se, quase sempre, não à existência de um projecto nacional coerente, mas ao esforço individual de uns poucos, geralmente sem continuidade quando esses deixam o país ou morrem.

A existir um projecto político para esta área, ele é o da estupidificação colectiva, com a colaboração dos grandes meios de comunicação. É que um povo inculto é um povo resignado, que aceita facilmente a situação degradante em que nos lançaram para manterem os privilégios intocáveis dos poucos de sempre.

Ontem, por exemplo, ficámos a saber que o PSD, cada vez mais um partido de tendência ultra neo-liberal, prepara um novo programa onde defende que a educação e a cultura deixem de ser um preocupação do Estado, entregando-as "à comunidade"!!! (mas...o Estado não é da comunidade!?).

Assim...não chegamos à Dinamarca!

O SOM DO DIA - 88 - Johnny Cash - Solitary Man

O MAGO DO HUMOR - 5 - Mr. Bean - à boleia.

A Foto do Dia - 13 - ...enfrentar o frio.

Par enfrentarem o frio que aí vem...sigam o exemplo deste habitante de S.Petersburgo, cidade que está com temperaturas de 15 graus negativos...
(fotografia de Alexander Demianchuk/Reuters/Libération)