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segunda-feira, 19 de março de 2018

Putin, um “Frankenstein” criado pelo “ocidente”.



Foi o "ocidente" que "criou" Putin.

Em muitos aspectos, a ascensão de Putin tem paralelo com a ascensão de Hitler nos anos 30.

Claro que os tempos são diferentes, a retórica é diferente e, felizmente, Putin não é (ainda?!!!) um “novo Hitler”.

Mas os erros cometidos pelo “ocidente” com a Rússia pós-soviética foram muito semelhantes com os erro cometidos pelos aliados vencedores da primeira-guerra em relação  à Alemanha.

Os “aliados” humilharam a Alemanha com o tratado de Versalhes. O “ocidente” humilhou da mesma maneira a Rússia derrotada na “Guerra Fria”.

A forma como o “ocidente” expandiu a NATO para as fronteiras da Rússia e como apoiou todos os movimentos de autonomia para criação de Estados falhados (como a Bielorrússia, a Geórgia, o Cazaquistão, a Moldávia ou a Ucrânia, entre outros) à custa da desagregação da Rússia, contribuiu para a humilhação dos russos. Curiosamente os argumentos usados pelo “ocidente” a favor dessas independências contra-natura, tanto no caso Russo, como no caso da Jugoslávia, parece que já nãos servem a esse mesmo “ocidente” nos casos da Catalunha, da Flandres ou da Escócia (embora as opiniões tenham vindo a mudar neste último caso, mas agora porque querem humilhar  a Grã-Bretanha do Brexit…).

Também a forma como o ”ocidente” pactuou com o descalabro económico da Rússia pós-soviética, negociando com os oligarcas e as máfias que se expandiram à custa da corrupção e do descalabro social e económico desse país, em muito contribuíram para desacreditar o “modelo ocidental”.

Curiosamente os políticos e empresários ocidentais nunca se interrogaram sobre a origem desses oligarcas e das suas fortunas, a maior parte deles, curiosamente, antigos responsáveis pelo aparelho de estado soviético, agora convertidos ao capitalismo selvagem.

Com o desemprego e a pobreza a expandirem-se rapidamente pela Rússia, chegando mesmo a assistir-se a um fenómeno raro na transição do século XX para o século XXI, como o drástico retrocesso na esperança média de vida nesse país, era óbvio que, tal como aconteceu na Alemanha pós-primeira guerra, o caminho estava aberto para o aparecimento de um “salvador”.

Que essa “salvador” seja, por agora, Putin, até é uma sorte para o “ocidente”.

Hoje, mesmo com fraudes pontuais, é obvio que Putin tem o apoio da maior parte dos russos que, mesmo repudiando o comunismo e a era soviética, já colocam Estaline num pedestal, sendo até muito mais popular que Lenine ou Gorbachev.

Até no caso da anexação da Crimeia e da participação da guerra da Síria podemos ver, pesem as diferenças, semelhanças com a história da ascensão de Hitler ao poder.

Na Crimeia podemos ver semelhanças com a crise dos Sudetas, quando Hitler ocupou parte da Checoslováquia dominada por populações de origem alemã.

Na Síria “repete-se” a situação da Guerra Civil espanhola, usada pelos nazis para ensaiar novo tipo de armas, tal como acontece hoje na Síria como os russos.

Recorrendo à humilhação , à corrupção e até à manipulação informativa ( tal como repetem hoje em relação à Grã-Bretanha do Brexit) os políticos ocidentais parece que desconhecem a história do continente  e da civilização que dizem defender, chocando os “ovos das serpentes” que um dia, se não arrepiarem caminho, nos podem “devorar” a todos!

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