Sou fã da rádio como meio de comunicação, desde que me lembro.
Foi a ouvir rádio que descobri que havia mundo para além da minha casa.
Um gosto minoritário, mas que
ontem se tornou “viral”, como agora se diz.
Ficou provado que, no tão
apregoado “Kit de sobrevivência”, só
interessa recorrer ao analógico, desde o rádio de pilhas, às pilhas, passando
pelo fogão a gaz, fogareiros e lamparinas a petróleo (como os velhos candeeiro
Hipólito), velas, fósforos e isqueiros, máquinas fotográficas de rolo…e já agora
algum dinheiro “vivo” no bolso.
Ligados ao mundo por um velho
rádio a pilhas, veio-nos à memória outros momentos em que a rádio era o único
meio de seguir acontecimentos em directo, como aconteceu no 25 de Abril.
Acrescente-se a isto o
jornalismo de excelência da estatal Antena 1.
Quem só agora descobriu esse
canal radiofónico, aconselho a segui-lo ao longo do dia, descobrindo aí não só
a reportagem, o directo e a opinião que, fugindo à cassete dos “grandes” canais
televisivos, é exemplo de liberdade de informação, de rigor informativo e pluralismo.
As gerações mais novas não se
vão esquecer tão cedo deste dia e, principalmente, do conforto que foi seguir nesse
meio “antiquado” e várias vezes acusado de “absoleto” no mundo da “alta
tecnologia” digital que nos domina, as únicas notícias lhe chegavam.
Quando um dia lhes
perguntarem, “onde estavas no 28 de Abril”, provavelmente a primeira resposta
que lhes vai ocorrer é “ a seguir as notícias pelo velho rádio a pilhas do meu
pai (ou avô)”.
Ontem foi mais um extraordinário
DIA DA RÁDIO.
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