Os dias que rolam, numa visão plural, pessoal e parcial de um mundo em rápida mutação. À esquerda, provocador e politicamente incorrecto, mas aberto à diversidade...as Pedras Rolam...
Tenho ouvido falar de Santos; de Santo Agostinho, de Santo António de Lisboa, de São Francisco de Assis, de Santa Beatriz da Silva, de São Sebastião, patrono dos militares, de São Mateus, patrono dos Contabilistas, etc... A questão que coloco é a de quantos Santos existiram nesta vida, que nem sequer são falados, mas que vão fazendo os seus milagres:-a minha neta, pequena flor, nasceu, precisamente no dia em que o Santo de que vos falo fazia 112 anos, é em sua memória e lembrando o seu sofrimento, que eu ainda vejo os seus olhos a chorar, por não poder falar, chorava a vida amarga que cedo lhe levou o Pai e a Mãe. Há quantos vezes o ouço ainda a cantar, para esquecer, pequenas quadras da época, como esta:- Ó minha Mãe dos trabalhos/para quem trabalho eu/trabalho para a Mãe do Céu/que a da terra já morreu: OLHOS DUM SANTO Ao recordar o teu rosto teu virgem de setembro recordo-o num sol posto ai como dele me lembro: - e agora tenho um tesoiro com olhos de negra cor e lembram do sol, o oiro teus olhos do meu amor; - e ao ver olhos chorando ai desta tão querida flor parece que estou fitando os teus com imensa dor! - porque choram os olhos os meus por ti e por ela as lágrimas aos molhos revelam a dor e mazela! - todos os dias nasce o sol e todo o dia tem a aurora não tem ó meu rouxinol teu olhar nem uma hora? - os pequenos olhos de luto ai que agora estou fitando serão os teus num minuto da flor que vou mimando!? - e todos os dias vejo a lua com o brilho do seu luar e não vejo a imagem tua com teus olhos a brilhar? - no mundo tudo se renova e nos olhos duma criança soem ter numa vida nova dos seus olhos, lembrança! - passa o verão e o inverno a Primavera cheia de flor não passa o outono eterno por não passar tanta dor? - vai-se da terra o orvalho dela desaparece a geada só não sai dum teu galho ai a tua imagem sagrada; - ó meu Deus se é pecado amar-te nesta vida, tanto deixa-me Deus o bocado de ver nela aquele Santo! - Eugénio dos Santos
Tenho ouvido falar de Santos; de Santo Agostinho, de Santo António de Lisboa, de São Francisco de Assis, de Santa Beatriz da Silva, de São Sebastião, patrono dos militares, de São Mateus, patrono dos Contabilistas, etc... A questão que coloco é a de quantos Santos existiram nesta vida, que nem sequer são falados, mas que vão fazendo os seus milagres:-a minha neta, pequena flor, nasceu, precisamente no dia em que o Santo de que vos falo fazia 112 anos, é em sua memória e lembrando o seu sofrimento, que eu ainda vejo os seus olhos a chorar, por não poder falar, chorava a vida amarga que cedo lhe levou o Pai e a Mãe. Há quantos vezes o ouço ainda a cantar, para esquecer, pequenas quadras da época, como esta:- Ó minha Mãe dos trabalhos/para quem trabalho eu/trabalho para a Mãe do Céu/que a da terra já morreu:
ResponderEliminarOLHOS DUM SANTO
Ao recordar o teu rosto
teu virgem de setembro
recordo-o num sol posto
ai como dele me lembro:
-
e agora tenho um tesoiro
com olhos de negra cor
e lembram do sol, o oiro
teus olhos do meu amor;
-
e ao ver olhos chorando
ai desta tão querida flor
parece que estou fitando
os teus com imensa dor!
-
porque choram os olhos
os meus por ti e por ela
as lágrimas aos molhos
revelam a dor e mazela!
-
todos os dias nasce o sol
e todo o dia tem a aurora
não tem ó meu rouxinol
teu olhar nem uma hora?
-
os pequenos olhos de luto
ai que agora estou fitando
serão os teus num minuto
da flor que vou mimando!?
-
e todos os dias vejo a lua
com o brilho do seu luar
e não vejo a imagem tua
com teus olhos a brilhar?
-
no mundo tudo se renova
e nos olhos duma criança
soem ter numa vida nova
dos seus olhos, lembrança!
-
passa o verão e o inverno
a Primavera cheia de flor
não passa o outono eterno
por não passar tanta dor?
-
vai-se da terra o orvalho
dela desaparece a geada
só não sai dum teu galho
ai a tua imagem sagrada;
-
ó meu Deus se é pecado
amar-te nesta vida, tanto
deixa-me Deus o bocado
de ver nela aquele Santo!
-
Eugénio dos Santos