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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Holocausto Ambiental.



Foi o mais recente e último aviso.


Havia uma velha máxima índia segundo a qual todos “herdamos as terras dos…NOSSOS FILHO!”.

Ou seja, para quem não percebeu ( e as redes sociais estão cada vez mais cheias de gente que, ou não percebe ou não quer perceber), temos a responsabilidade de “devolver” a Terra às gerações futuras com qualidade para eles poderem viver em paz e harmonia.

Infelizmente não é isso que temos feito nos últimos tempos.

Temo que, mais uma vez, como tem vindo a acontecer há décadas, os avisos só sejam escutados quando for tarde de mais ou alguma catástrofe nos atinja pessoalmente.

Da actual classe politica e económica  que governa o mundo nada ou pouco podemos esperar.

Leiam-se as opiniões e atitudes de Trump, que preside à nação que é a maior poluidora do mundo.

No Brasil, uma das maiores economias do mundo, vamos ter, ao que tudo indica, um presidente que tem, como principal tarefa do seu programa, acabar com a protecção ambiental e entregar a Amazónia aos madeireiros e criadores de gado, ameaçando os índios que a habitam e a preservam, e o próprio mundo, pois a Amazónia é um dos últimos pulmões do nosso planeta.

A África está a ser vendida aos interesses chineses que prometem continuar o trabalho de destruição ambiental desse continente iniciado pelas grandes multinacionais ocidentais.

Na maioria dos países asiáticos e na Rússia, a economia está entregue às industrias poluidoras.

No ocidente, os interesses financeiros da industria automóvel ,da  petrolífera, da criação de gado e da extração mineira, mandam mais do que a vontade dos ambientalistas.

O cumprimento das decisões do tratado de Paris não tem passado de mera retórica folclóricas.

Infelizmente, a defesa do ambiente não é compatível com o modelo económico dominado pelo capitalismo selvagem e pelo neoliberalismo.

Quando, em termos mais locais, vemos tanto afã em derrubar árvores, criticar medidas que visam afastar o automóvel dos centros históricos ou urbanizar nas poucas zonas florestais que restam, sem se melhorar o sistema se transportes públicos ou a preservação dos ambientes naturais (veja-se o caso recente do "aeroporto do Montijo" ou do porto de Setúbal), então a esperança de escaparmos à catástrofe é cada vez menor.

Um dia, se ainda houver humanos, quando se fizer a história deste principio de século, os causadores do anunciado e cada vez mais provável holocausto ambiental para onde nos conduzem irão figurar ao lado dos grandes criminosos do século XX, como Hitler ou Stalin.

Até lá, a cada um de nós só nos resta remar contra a maré, à espera que o bom senso ainda nos possa salvar. 

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