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quarta-feira, 26 de abril de 2017

Portugal visto do espaço: A Melhor homenagem ao 25 de Abril

O astronauta francês Thomas Pesquet resolveu comemorar o 25 de Abril colocando duas fotografias na sua página do Twitter.
Escreveu o cientista francês que "habitualmente costuma fazer zoom sobre Portugal" e por isso "nada melhor que uma vista de conjunto" de Portugal, tirada uns dias antes, "para celebrar a Revolta dos Cravos e a sua mensagem democrática".
Além dessa imagem de conjunto incluiu também uma imagem de Lisboa,
Foi talvez a melhor homenagem feita ao 25 de Abril em mais um aniversário da data:
 
 

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Entre Le Pen e Macron...venha o Diabo e escolha...mas, já agora,...escolha Marcon!


Le Pen não engana ninguém.

Dela já sabemos o que pretende e ao que vem.

O problema é Macron, embora não exista alternativa para quem queira evitar a chegada da extrema-diraita ao poder a não ser pôr uma mola no nariz, tapar os olhos, engolir um gigantesco sapo… e votar em Macron… e depois deinfectar muito bem as mãos…

Macron é um produto do poder financeiro que tem destruído o projecto europeu, um aliado do sr. Schauble e do louco holandês que manda no Eurogrupo…mas, enquanto o pau vai e vem…folgam as costas…o mesmo é dizer, antes Macron que Le Pen….uma vitória de Macron pode dar tempo para a Europa repensar o seu caminho e para tentar afastar a extrema-direita do poder…

O sr. Macron é um demagogo, um ultra neoliberal, um politico aldrabão….mas Le Pen é bem pior…por isso…vá lá amigos franceses, mais uma vez ganhem coragem e votem no mal menor….

Não sei se o facto de aparecerem agora os rostos dos tristes líderes das instituições europeias a darem o seu apoio eufórico ao sr. Marcon é boa publicidade….mas tenho a esperança que os franceses, não será por isso, ao verem os rostos do mal europeu ao lado do senhor Macron que  vão deixar de votar no Macron…

Antes uma democracia miserável do que uma ditadura criminosa!!!!

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O Daesh entra na campanha eleitoral em França


Os bandidos do Daesh são uns monstros, mas não são parvos.

Ontem à noite entraram na campanha eleitoral francesa.

Quando a candidatura da extrema-direita de Marine Le Pen começava a entra em queda livre, colocando-se já a hipótese de nem passar à segunda volta, o Daesh veio dar uma mãozinha à senhora.

A poucas horas das eleições, o Daesh vem reforçar a retórica de Le Pen e ajudá-la a chegar à segunda volta, isto se ela não ganhar logo à primeira, pois ainda existem 30% de indecisos e, por mim, não tenho muitas dúvidas que a maioria do indecisos não manifestam a sua intenção apenas por vergonha de se assumirem como apoiantes da extrema-direita.

Pela minha parte, se fosse francês, votava em Mélénchon, já que Macron e Fillon são “mais do mesmo”, e a Europa precisa de ideias novas e de mudar a ideologia “austeritária”, defendida pelo corrupto Fillon e pelo “Blair” francês, o sr. Macron.

Numa segunda volta, contra Le Pen, votaria contra ela, engolindo o sapo se for Macron, em qualquer candidato, menos se este for o sr. Fillon.

Neste caso votaria em branco pois, entre o racismo de Le Pen ou os programa anti-social e austeritário de Fillon…venha “o diabo e escolha”…

sexta-feira, 7 de abril de 2017

A Fotografia da Semana

(Foto de Martin Divisek/EPA)
 
O relojoeiro Petr Skar em trabalhos de manutenção no celebre e centenário relógio astronómico de Praga.

O Cartoon da Semana


quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Confissão de um “populista"


 
Parece que agora está na moda aplicar o chavão de “POPULISTA” a todos os que criticam as instituições europeias e o caminho “austeritário” que estas nos impõem.

Parece que é “POPULISTA” exigir que as instituições europeias e os seus lideres respeitem os direitos sociais que estão na base do próprio êxito que deu prestigio à União Europeia e que fez dela um modelo a ser seguido, e que eles agora querem limitar e destruir em nome da “austeridade” e das “reformas estrururais”.

Parece que é “POPULISTA” defender a igualdade de salários para as mesmas tarefas e as  pensões nas mesmas condições, nos países da União Europeia que usam a mesma moeda.

E, já agora, parece que é “POPULISTA” defender a existência de um ordenado mínimo digno  em todos os países da União Europeia.

Parece que é também “POPULISTA” criticar a existência de paraísos fiscais no seio da União Europeia e exigir a sua extinção e a penalização exemplar às empresas e cidadãos europeus que delas  se servem para fugir ao justo pagamento de impostos.

Parece ainda que, considerar criminosos os privilégios dos burocratas de Bruxelas, criticar o descalabro na construção da moeda única e os benefícios de que goza o poder financeiro, face à austeridade imposta aos cidadãos europeus, também é “POPULISMO”.

Não deixa de ser curioso que o programa socialmente extremista, xenófobo e racista do verdadeiro “populismo” (que, a bem dizer, é um eufemismo do velho fascismo de sempre) seja adoptado por respeitáveis políticos e partidos “europeístas”, que assim o legitimam, com a desculpa de o poderem assim combater eleitoralmente, ao mesmo tempo que misturam no mesmo saco o velho e reacionário populismo e todos os que criticam a actual política europeia, esta sim a verdadeira responsável pelo crescimento eleitoral do actual populismo.

Ao que parece, é “POPULISTA” exigir que os governos cumprem as suas promessas e governem tendo como objectivo o bem estar dos seus cidadãos e o combate às desigualdades sociais.

Ou, como diz o cartoon que escolhemos para ilustrar este texto, é “quando os governos se tornam impopulares que surgem os populistas”…

terça-feira, 4 de abril de 2017

As Baratas tontas que lideram a União Europeia e o sr. Dijsselqualquercoisa….


Parece que agora, para as baratas tontas que, para nossa desgraça e miséria, lideram a União Europeia, o sr. Dijsselbloemoulácomosechama tornou-se o bode expiatório de década e meia de destruição do projecto europeu.

Claro que, se precisarem, eu também contribuo para “bater no ceguinho”. Aliás o sr. Dijsselqualquercoisa nunca me enganou e até há muito tempo que o aponto como um dos “rostos do mal” que assolaram esta triste Europa e muito tem contribuído para a destruição e descaracterização de um belo projecto de cidadania e democracia, em nome da rendição a obscuros interesses financeiros.

Mas, o que não deixa de ser curioso, é que os lideres das duas principais famílias políticas europeias só agora se tenham apercebido do “monstro” que apoiaram e puseram à frente do moribundo e antidemocrático “eurogrupo”.

Já se esqueceram da forma como aplaudiram e apoiaram as atitudes dessa louco holandês quando este humilhava diariamente os países do sul?

Agora que essa triste figurinha do “trabalhismo”(????) holandês deixou cair a máscara e sofreu uma humilhante derrota eleitoral é fácil e “politicamente correcto” desancar no homenzinho.

Mas seria bom que se lembrassem que essa figurinha foi até há pouco tempo o rosto das politicas “austeritárias”, da humilhação dos países do sul, do ataque e destruição aos direitos socias, da defesa dos salários baixos, da submissão ao poder financeiro que tanto contribui para desacreditar o projecto europeu junto dos cidadãos da Europa e que têm atirado muitos eleitores para os braços da extrema direita populista.

E, mais ainda, que todas essas “reformas estruturais” que têm conduzido a Europa para o desastre, executadas e preconizadas pelo sr. Dijssalbloem, têm sido alegremente e despudoradamente apoiadas pelos partidos do centrão europeu que agora se mostram tão chocados com a boçalidade do dito senhor.

Seria bom recordar que, atacar e criticar o dito figurão, implica a autocritica desses partidos à sua própria atitude face ao rumo recente da União Europeia e têm de incluir na “àgua do banho” do projecto Europeu, não só o dito sr., mas também toda a trupe da troika, do BCE, da Comissão Europeia, com especial destaque para a herança da presidência Barroso, para as aldrabices financeiras do sr. Juncker, para a boçalidade do patrão do dito senhor, o irrascível Wolfgang Schäuble, (aliás, o grande inspirador das acções do holandês da brilhantina), ou para o seu braço direito nisto tudo, o sr. Moscovici.

Será que estão assim tão empenhados em mudar alguma coisa, ou tudo não passa de, como se diz por cá, entre “copos e mulheres”, pura “tesão de mijo”???.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

A história dos irmãos comunistas que salvaram a capela de Nossa Senhora


Fui hoje apresentado a um velho militante comunista, natural de uma aldeia do concelho de Torres Vedras, mas que saiu deste concelho poucos anos depois do 25 de Abril, tendo vivido num concelho do Alentejo, no qual chegou a desempenhar o cargo de vereador.

Não vou aqui identifica-lo, nem a ele nem à aldeia onde se passou  a saborosa história que ele me contou, e que vou tentar reproduzir aqui.

Ele e os irmãos já eram comunistas antes do 25 de Abril e, na sua noção muito peculiar de comunismo, procuraram contribuir para melhorar as condições de vida dos habitantes de uma aldeia que vivia isolada, no topo de uma serra, das muitas que enxameiam este concelho, sem estrada, sem àgua e sem luz.

Para isso estiveram na origem da criação de uma Comissão de Melhoramentos ( já que no regime anterior não se podiam designar pelo “revolucionário” nome de Comissão de Moradores) e tentaram tomar várias medidas para atenuar a dureza do isolamento dos aldeões, homens do campo que trabalhavam nas terras das quintas próximas.

Começaram por construir a sede da Comissão, equipada com uma televisão, que funcionava com gerador, para que os seus habitantes, que não tinham luz em casa, pudessem ter alguns momentos de lazer no intervalo da sua dura labuta diária.

Depois tentaram melhorar os caminhos de acesso, quer à então vila, quer à aldeia sede de freguesia vizinha, para facilitar a deslocação para o trabalho e para a escola, levar a àgua à aldeia, nas difíceis condições de uma aldeia situada num sitio bastante alto, trabalho que encontrou uma situação mais favorável após o 25 de Abril, altura em que se tornou também possível fazer chegar a iluminação à aldeia.

Conhecendo o carácter dinâmico dos irmãos comunistas, e apesar de não professar das suas ideias, uma prima deles, devota da Nossa Senhora padroeira da aldeia, pediu-lhes que usassem os seus conhecimentos e a sua capacidade de trabalho para salvarem a capela que corria sérios riscos de derrocada.

Estes prontificaram-se a ajudar, em parte porque ajudar os vizinhos estava na sua noção se “comunismo”, em parte para desmentir a ideia que muitos faziam do seu comunismo, e, em parte, porque tinha circulado a notícia, talvez falsa, segundo a qual uns comunistas do norte do país tinham deitado a baixo uma outra capela.

Contudo, eles propuseram que não fossem eles a surgir publicamente como autores da iniciativa, porque, por um lado muitos desconfiavam dos irmãos “comunistas”, e, por outro, para salvar a capela e construir um  muro de protecção, era preciso derrubar umas árvores e construir um muro na propriedade de um rico proprietário local, pouco dado a colaborar com comunistas.

E foi assim que propuseram à prima que, juntamente com a esposa do irmão que nos contou a história e outras duas devotas da aldeia, formassem uma comissão de mulheres da Igreja que angariassem fundos para obra e se deslocassem ao tal proprietário a  pedir para que ele deixasse cortara as árvores, cujas raízes estavam a destruir as paredes da capela, e permitisse a construção do muro que evitasse a queda eminente do edifício.

O tal proprietário foi convidado a visitar a capela. Este, ao entrar, e depois de se ajoelhar perante a imagem da Santa, anuiu em fazer tudo o que pudesse para “salvar a Nossa Senhora”.

Após conseguirem o apoio do dono das terras junto à capela, os quatro irmãos comunistas angariaram materiais e voluntários, arrancaram as árvores que estavam a arruinar a capela e construíram um grande muro para proteger um dos raros monumentos da aldeia, símbolo da sua identidade.

Foi com apreensão que esperaram pelo inverno pois, se algo corresse mal e a capela, apesar da obras que eles conduziram, sofresse alguma ruina, diriam sempre que foram os “comunistas” que não fizeram nada para a salvar ou, pior ainda, tinham sabotado a obra.

Para alegria de todos, a capela, não só sobreviveu a esse inverno, como hoje, 40 anos depois, e para orgulho do meu interlocutor, continua de pé sem a mais leve beliscadura.

O “irmão comunista” que hoje, à mesa de um café, me contou esta história, conta reunir esta e outras histórias da sua aldeia, mas não resisti a antecipar-me e contar este pequeno episódio.
(Parte da História que contámos pode ser vista AQUI)