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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Carnaval de Torres : Noite se 2ª Feira - a noite de "santa" matrafona...e outras máscaras

VEDROGRAFIAS: Carnaval de Torres : Noite se 2ª Feira - a noite de "santa" matrafona...e outras máscaras (clicar para ver).

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

30 anos depois, recordar Zeca Afonso:

Passam hoje 30 anos sobre a morte de Zeca Afonso.
Zeaca foi um "imprescindível"

(“Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons, mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.” (Bertolt Brecht))
Recordamo-lo aqui através de um documentário e da gravação quase inédita de um espectáculo ao vivo.
 



 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Carnaval de Torres a Preto e Branco

Carnaval é cor e alegria. Mas, se lhe tirarmos a cor?
O resultado é o que apresentamos em baixo, tendo por base as milhares de fotografias que tirámos entre 2005 e 2015 no Carnaval de Torres.
Esta é uma pequena selecção. Foram estas, podiam ser outras.
Basicamente quisemos ensaiar o que acontecia que tirássemos a cor ao carnaval.
Este é o resultado.
Quanto a nós o que perde em colorido, ganha em charme.









































terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Mais um aniversário


Comemorei há dias mais um aniversário.

A idade comemorada já não permite, a não ser com uma boa dose de humor negro, que alguém me deseje “que vivas outros tantos”…

Quanto muito, olham para mim e para a minha idade e contentam-se em desejar “que para o ano cá estejas”.

Conta-nos Afonso Cruz, na edição de 1 de Fevereiro do Jornal de Letras, numa crónica intitulada “Era uma voz”, sobre a avó do cronista que viveu até ao 99 anos, que um menino com cinco anos , “disse certa vez que não queria chegar aos 99 anos” porque se ficasse “assim tão velho”, corria o risco de…morrer.

Pois é, eu cheguei a uma idade em que esse risco começa a aumentar.

Por mim, e depois de escapar à morte algumas vezes, contento-me se chegar aos 70… e o que vier a mais é ganho, desde que me movimente e pense de forma independente…

Por coincidência, no próprio dia do meu aniversário, o suplemento do jornal Público, Ípsilon, publicava uma entrevista com Paul Auster, que acabou de comemorar o seu 70º aniversário, mais velho do que eu 9 anos e 7 dias. Interrogado sobre o facto de ter chegado a essa idade, e nunca ter esperado viver tanto e sobre os pensamentos que lhe passavam pela cabeça sobre esse facto, Auster respondeu que tinha “pensamentos contraditórios. Parte de mim acha que não aconteceu nada, é só mais outro dia na minha vida. E outra parte pensa: “70 anos!” Isso era ser extremamente velho. Mas agora as pessoas de 70 nos não parecem ser tão velhas como quando era criança. Ocorre-me uma frase de um amigo, o poeta George Oppen, que morreu há muito: “Que coisa estranha aconteceu a este rapazinho”. Sinto-me dessa maneira. Mas basicamente estou feliz por estar vivo, por estar aqui, e a minha saúde parece estar bem. A menos que um autocarro passe por cima de mim, acho que ainda posso ter alguns anos à minha frente”.

…Pois é…com alguns dias de atraso aqui agradeço a todos os que se lembraram do meu aniversário…e que para o ano cá estejamos de volta…

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O “caso” dos SMS’s da CGD ou o “trumpismo à portuguesa”


O caso do “diz que disse” à volta dos “famosos” SMS’s trocados entre Centeno e Domingues, raia já o nível mais indecoroso do “debate” político nacional.
Tudo começou quando um “comentadeiro”, militante e ex-líder de um partido da direita, conselheiro de Estado da presidência, gestor de várias coisas, de plantão semanal numa televisão privada, lançou a bomba, ao falar na existência de uma lei feita à medida de António Domingues para este aceitar liderar a CGD.
Agora é outro conhecido “comentadeiro” político, também pertencendo a um partido da direita, gestor de várias coisas e, também conselheiro de Estado do PR, que é membro executivo de um banco privado e amigo do tal Domingues que foi convidado para dirigir um banco público, que botou a “boca no trombone” e serviu de “cabeça de turco” para o dito “gestor” se limpar da porcaria que fez, para fazer chegar ao Presidente da República o conteúdo dos mesmos sms’s.
Um outro “jornalista”/”comentadeiro”/”humorista”, assumidamente de direita, quando ainda se mantinha de pé a possibilidade de Domingues ficar a liderar a CGD, argumentava, em defesa deste, contra os que criticavam o regime de exclusividade que este tinha exigido, quer em termos salariais, quer em termos de se escapar aos deveres de gestor público, que este era um assunto menor face à grande competência do gestor e que era melhor não fazerem ondas porque Domingues era uma mais valia para o banco.
Agora, o mesmo “jornalista”/”comentadeiro”/”humorista”, que na última semana usou e abusou de todo o espaço público ao seu dispor para só falar deste tema, até à exaustão, que vem argumentar a favor da  “importância” da divulgação dos famosos “sms’s, pois o parlamento tem o “direiro de escrutínio e vigilância” .
Ou seja, o mesmo parlamento que não tinha direito de se interrogar sobre a exigência que Domingos fez de um salário  “em linha com o mercado”  e  da “dispensa de apresentação de património”, porque isso era do “domínio do privado”, já tem o direito de aceder a sms’s privados!!!!
O que se devia estar a investigar neste caso era o  porquê de  tanta insistência por parte de Domingues e dos gestores que convidou para a caixa em procurarem esconder do Tribunal Constitucional o seu património, o porquê de quereram beneficiar de um regime de exclusividade salarial em relação aos restantes funcionários públicos ( a quem também se pode aplicar o argumento de ter salários “em linha com o mercado”) e, por último, qual é o "famoso" escritório de advogados que faz servicinhos para o Estado, criando leis à medida dos seus clientes ( e já agora, quem são os sócios e administradores do dito escritório).
O resto, como a questão dos sms’s, é puro “trumpismo à portuguesa”…

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O Regresso da "Múmia"!


Pensava que o Cavaco já se tinha reformado de vez e nos deixasse em paz com as suas intriguices.

Mas não, o homem está de volta, com um livro intitulado “Quinta-feira e Outros Dias”, aparentemente um título original de mais para o habitual cinzentismo do personagem.

Um leitor do jornal Público, no passado dia 14 de Fevereiro, explica-nos a origem de tão “original” título: o livro de poemas “Quinta-Feira e Outros Poemas”, de Miguel Franco (dramaturgo que viveu entre 1918 e 1988)

Numa nova versão do “nunca me engano e raramente tenho dúvidas , Cavaco explica ter desenvolvido um método de registo de “intervenções e conversas”, recorrendo a um bloco azul de folhas A5, desenvolvido nos seus “tempos de estudante universitátio” que “lhe permite (…) relatar fielmente o que se passou” (Público 12 de Fevereiro 2017).

Talvez por isso, como se interroga ironicamente o citado leitor do Público (Ademar da Costa da Póvoa do Varzim), talvez tenha sido aquele método que levou Cavaco a memorizar o título do livro de poemas que plagiou para o título da sua nova obra.

Enfim, mais um caso de mal disfarçado de plágio a que os políticos portugueses nos vão habituando.

Seja como for, eu, que gosto muito de livros, que, enquanto tive algum poder de compra, os adquiria vorazmente, houve, contudo,  sempre um tipo de livro, dos quais, mesmo oferecidos,  fugi como o diabo da cruz, memórias de gente cinzenta, principalmente se têm por autor nomes como “Cavaco Silva”.

 Por isso não vou dedicar à “obra” mais do que um ou dois cometários baseados nalguns “digest” filtrado pela imprensa.

Ao que parece a “obra” ,que será hoje editada,  debruça-se sobre os tempos da sua relação com José Sócrates.

É fácil, agora, bater no “morto”. Mas Cavaco nunca foi conhecido pela coragem, mas, pelo contrário,  como “alimentador” de tabus, movendo-se fantasmagoricamente pelos corredores do poder.

Recorda-nos o jornal Público de hoje alguns momentos da sua relação com o governo Sócrates, como os elogios que o pior presidente da nossa democracia teceu ao “ímpeto reformista de Sócrates”, durante o primeiro governo deste, o tal “ímpeto reformista” que teve como principais alvos os professores e os funcionários públicos e as negociatas que arruinaram o país.

Mais tarde, quando o barco já de afundava fez o que se espera sempre de personagens como Cavaco, tira o tapete a um Sócrates fragilizado e afirma, no discurso de tomada de posse do segundo governo de Sócrates, em 9 de Março de 2011, que não havia mais condições para sacrifícios.

Viu-se a sua “coerência” ,sobre essa afirmação, durante os anos seguintes, os do governo de Passos Coelho, quando assinou por baixo todas as “reformas estruturais” que nos sacrificaram  todos, isto é, o monstruoso aumento de impostos sobre a classe média, os cortes no ordenados e nas pensões, a destruição do já de si irrisório “Estado Social” português, o corte em direitos sociais  e a total submissão à Troika, deixando mesmo que se fosse “além da Troika”.

Espero que, depois de descer á cidade para lançar o seu lixo intelectual e debitar mais algumas alfinetadas cheias de lugares comuns, regresse calmamente ao seu covil para gozar a sua “merecida” reforma.