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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O fanatismo populista

Fundamentalismo e populismo são as duas faces do fanatismo .
O Fundamentalismo anula qualquer possibilidade de diálogo ou de diálogo intelectual  e democrático com as suas teses, pois considera-se portador de toda a verdade e tem por objectivo impô-la por todos os meios, desde a mera boçalidade despejado nas redes socias aos métodos mais violentos, terroristas se necessário.
O Fundamentalismo é o “estado supremo” do fanatismo e está hoje espalhado um pouco por todo mundo, desde o mais “soft” fundamentalismo dos defensores da austeridade económico-social ao mais “hard” fundamentalismo dos terroristas islâmicos. Em comum, a imposição de um caminho único para ultrapassar a crise civilizacional dos nossos tempos.
O Fundamentalismo é o fascismo dos nossos dias.
O Populismo, por sua vez, é a face “legal” e “democrática” do fundamentalismo.
Ambas têm em comum a mesma visão simplista sobre a crise actual.
O populismo procura dividir para reinar: emigrantes contra “nacionais”, funcionários públicos contra trabalhadores no geral, classe média contra pobres, empregados contra desempregados, pensionistas contra jovens precários…
O populismo grita para impor as suas ideias e para que não se oiça mais nada à sua volta e aproveita-se das dificuldades diárias das populações para apresentar soluções fáceis para todos os problemas, seja acusando a “oposição” pelo dramático resultado das suas políticas irresponsáveis, com se passa na Venezuela, seja comparando o combate à criminalidade com o genocídio nazi, como o fez o cada vez mais perigoso presidente filipino.
A única boa notícia, uma folga para respirarmos, foi a derrota clamoroso do neo-fascista governante da Hungria no referendo onde tentou jogar o medo contra os refugiados.
Ao não conseguir que mais de 50% dos húngaros aderissem ao referendo, este perdeu qualquer validade e é uma primeira brecha que se abre no muro do quase ditador Hungaro.
Infelizmente esta é uma pequena vitória do bom senso e da democracia, num mundo povoado de “daesh”’s, de “grupos de Visegràd”,de  Putin’s, Le Pens’s, Assad’s, Netanyahu’s, Erdogan’s, Poroshenko’s, para além dos já citados Maduro’s, Duterte’s e Orban’s…já não falando no perigo real de a eles se poder vir a  juntar um Trump…
 
Ao pé dessa gente e do poder mundial que possuem, o paranoico líder norte-coreano Kim Jong-Un não passa de um ridículo cartoon…

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