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quarta-feira, 2 de abril de 2014

TAL PAI TAL FILHO : Pai de Passos Coelho diz não se rever neste Portugal (...pois...revia-se melhor no Estado Novo que tão bem serviu...)

Passos pai foi um diligente funcionário do Estado Novo, homem de confiança do regime na área da saúde.

Na Angola colonial nunca se apercebeu de nada de errado que se passasse.

Regressando ao continente no pós-25 de Abril, admirou-se com o estado miserável em que o Estado Novo tinha deixado o país.

Não se revê neste país "mal-educado" para como os poderosos, criticando a "falta de educação" com que são tratados os ministros...

A opinião de um velho ressabiado não faz mal ao mundo...mas dá para perceber a ideologia do filho.

Mesmo assim prefiro o pai ao filho...pelo menos o pai trabalhou e foi bom na sua profissão, terá salvo vidas, e até se dedicou à literatura, com obra publicada.

Pelo contrário o filho "fez-se" no carreirismo político e as únicas actividades conhecidas foram umas negociatas com o seu amigo Miguel Relvas, que deram para o torto e repousam nos corredores dos tribunais à espera da conveniente prescrição...

Ao contrário do pai, o filho é especializado em lixar a vida dos portugueses que não sejam banqueiros ou amigos políticos..

Em baixo transcrevemos as declarações do "ilustre" velhote, e a reacção de um "leitor" (Carlos Esperança), transcritas no faceboock...

Pai de Passos Coelho diz não se rever neste Portugal - Politica - DN(clicar para ler)


"O pai de Passos Coelho, o fascismo e a intolerância

por Carlos Esperança

"O pai de Passos Coelho não é um analfabeto embrutecido na paróquia, um salazarista a quem castraram o raciocínio e intoxicaram a mente, um fascista impedido de ler jornais e dedicado a conversas de tasca e a atoardas das alfurjas da reação.

"É um reacionário com habilitações, o médico que regressou à Pátria ressentido e que foi o presidente da Comissão Politica Distrital do PSD, de Vila Real. É um político cuja ignorância e ressentimento disputa com o filho, um indivíduo que não deu conta da má independência de toda a África colonial e que bolça alarvidades contra quem não podia já fazer uma descolonização.

"Para se conhecer a minha posição republico um texto que escrevi há tempos:

"Carta sobre a descolonização a velhos fascistas empedernidos

"Vocês sabem que toda a gente sabe que vocês sabem que não houve descolonizações pacíficas depois das guerras de libertação e do sangue vertido.

"Vocês sabem que toda a gente sabe que vocês sabem que não há um único exemplo de sucesso, que não tenha apanhado pacíficos colonos no vendaval das convulsões e dos ataques, às vezes tribais e bárbaros, que deram início à luta pelo direito inalienável à autodeterminação dos povos.

"Vocês sabem que toda a gente sabe que vocês sabem que a obstinação fascista de Salazar, e seus cúmplices, esteve na origem da tragédia anunciada e da inevitabilidade do desastre.

"Eu estive lá, nessa guerra absurda e criminosa, enquanto a guerrilha se estendeu a outras regiões de Moçambique. Cheguei com a guerra em Cabo Delgado e Niassa e voltei com ela estendida à Zambézia e a saber que alastraria como mancha de óleo, do Rovuma a Lourenço Marques.

"Vocês julgam que não me comovi com o regresso e o drama das famílias sobreviventes, com a chegada de quem tudo perdera, o habitat, os haveres, a segurança e as ilusões? E que não pensei nos que combateram do lado errado e lá ficaram entregues à vindicta dos que, tal como eles, queriam sobreviver num ambiente onde escasseavam a comida e as oportunidades?

"Ignoro o motivo por que insistem em responsabilizar quem não foi criminoso e teimam ainda em branquear a ditadura opressora do povo português e dos povos coloniais. Um país com escassos recursos conseguiu integrar sem discriminações centenas de milhares de retornados numa epopeia de generosidade e inexcedível solidariedade, num momento grandioso da sua História.

"Mas há sempre quem olhe sem ver, quem fale sem pensar e dirija o ódio às vítimas em vez de visar os algozes. Há fascistas que não vergam e ódios que não cansam.

"Caros fascistas, vocês sabem que toda a gente sabe que vocês sabem como circulam as ideias de quem não compreende a História e ambiciona aventuras totalitárias na ânsia de uma desforra que transmitem de geração em geração e que parece estar a acontecer sob os auspícios de muitos que nunca viram África.

"A vossa rede capilar venosa transporta sangue salazarista até à veia cava, que o deposita na aurícula direita (só podia ser a direita). A oxigenação não se conclui como devia. Na circulação pulmonar não liberta o anidrido carbónico do ressentimento e mingua-lhe o oxigénio da democracia, em doses suficientes, antes de chegar ao ventrículo esquerdo (exatamente por ser esquerdo). É por isso que esse sangue bombeado para a aorta ainda leva produtos finais do metabolismo reacionário quando bombeado para as ramificações arteriais que atingem todas as partes do corpo, cego e surdo aos ventos da História.

"Há um veneno que vos intoxica enquanto não se libertarem dos resquícios fascistas que empeçonham o país que é de todos".


Carlos Esperança (através do facebook) 

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