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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Salário Mínimo - um caso de indignação


Toda a chantagem feita pelo governo, com o aval da troika e de algum patronato, sobre o aumento do salário mínimo nacional de 485 euros para 500 euros é, no mínimo, abjecta e reveladora do nível ético dessa gente.

É indigno que quase 500 mil trabalhadores em Portugal recebam esse salário mínimo, um salário que resvala a escravatura e, como se sabe, coloca na pobreza milhares de assalariados.

Tenho por mim que qualquer salário inferior a 700 euros é um roubo e uma vergonha nacional.

Em Portugal, o mínimo para se viver com alguma dignidade, mesmo se com horizontes limitados, é um rendimento mensal de mil euros por pessoa adulto, numa família com um máximo de um filho …

Basta fazer as contas. Por estes lados uma empregada de limpeza, uma actividade digna e honrada, mas com pouca qualificação exigida, é paga a 6 euros por hora, o que perfaz o equivalente a um ordenado mensal de 960 euros, tendo por base um horário de trabalho semanal de 40 horas, multiplicado por 4 semanas.

Por isso, ao avançar com um mínimo aceitável de 700 euros de salário , já estou a ser muito benevolente em relação ao pagamento por hora, e partindo do principio que um ordenado certo mensal é sempre mais seguro que um pagamento à hora.


Por isso a discussão sobre um aumento do salário mínimo de 485 para 500 euros é, como o diz Nicolau Santos, na crónica que pode ser lida em baixo, uma vergonha nacional que envergonha patrões, políticos, economistas e toda a burocracia da União Europeia…  

A vergonha dos 500 euros - Expresso.pt (clicar para ler)

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