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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Saída "Limpa"


Em vésperas de eleições europeias, e prevendo-se um resultado fortemente penalizador par os partidos que dominam uma “União Europeia” responsável por estes últimos anos de política anti-social e que desrespeita os direitos dos seus cidadãos, nada melhor do que tentar branquear todas as malfeitorias dos últimos anos.

O nome de “saída Limpa” ´é de facto um bom título publicitário e propagandístico para o branqueamento dessas políticas e para disfarçar a incompetência das instituições europeia responsáveis pelos erros da troika .

Parafraseando um liliputiano político local, líder parlamentar de um dos previsíveis partidos derrotados nessas eleições, é caso para dizer que "a vida das cidadãos  europeus não está melhor mas o a Europa da alta finança e dos especuladores está muito melhor".

Mas vamos a factos sobre os custos da tal “saída limpa”:

Em Portugal a taxa de desemprego em 2009 era de 9,5%. Actualmente ultrapassa os 16%. Se observarmos esses valores de forma sectorial, o desemprego jovem e o desemprego de longa duração, esse números mais que duplicaram. Além disso, aqueles números só não são piores por obra de muita engenharia estatística e pelo aumento da emigração de muitos portugueses em idade activa;

A dívida Pública, no início da intervenção da Troika, rondava os 80%.Actualmente está próxima do 130%;

O PIB per capita rondava os 70% da média Europeia no principio deste século. Hoje estamos mais longe, afastámo-nos mais  5% da média europeia.

Os níveis de emigração aproximam-se dos registados nos anos 60, com custos graves a nível de perda de mão-de-obra qualificada e jovem.

Se juntarmos a tudo isto a redução de salários e pensões, o brutal aumento de impostos, o aumento da precaridade no emprego e do número de assalariados a receber salários de miséria e todos os dramas sociais que têm vindo a crescer, estamos falados sobre o que se entende por “saída limpa”.



O objectivo eleitoral da maioria de nos vender a “saída limpa” vai sair caro aos portugueses, que vão estar sujeitos a trabalhar nas próximas décadas para pagar os erros do programa de ajustamento que nos foi imposto pela troika e executados por um governo subserviente e servil.


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