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sábado, 3 de novembro de 2012

ANTI-MERKEL - 10 - : Merkel pede mais cinco anos de austeridade e esforços.








O que não deixa de ser curioso é que essa monstruosidade política, que dá pelo nome de Angela Merkel, venha defender a austeridade na Europa durante mais cinco anos, num comício interno, quando a Alemanha não vive em austeridade, antes pelo contrário, tem sido a grande beneficiada da austeridade dos outros.

Assim, o apelo à austeridade europeia é dirigido apenas a um grupo de países, aqueles que sofrem na pele a desastrosa teimosia da srª Merkel em apostar na destruição do Estado Social, no empobrecimento dos cidadãos europeus, na destruição de direitos conquistados num século e na desvalorização do factor trabalho e produtivo, tudo em nome dos “mercados”.

E que “mercados” são esses? Se já nem o FMI e os Estados Unidos acreditam na austeridade para resolver a crise europeia, só sobram os chineses e os banqueiros alemães.

Pois bem, sendo assim, está visto que a Europa que a srª Merkel quer apresentar ao mundo é uma Europa que possa concorrer com os trabalhadores Indianos e Chineses, isto é, onde os salários sejam miseráveis e, em termos sociais, seja o “salve-se quem poder”, no meio da miséria generalizada.

Pensa a srª Merkel ser possível viver assim nos próximos cinco anos? Se ela pensa assim, então não tenhamos dúvidas que a sonho Europeu de prosperidade com direitos, liberdade, democracia e desenvolvimento está-se a transformar numa mera utopia e nos devemos preparar para viver novamente o pesadelo da miséria e da guerra. É caso para dizer que, para a paz na Europa, da Alemanha “nem bom vento nem bom casamento”.

A Alemanha já destrui a Europa por duas vezes (1ª e 2ª Guerra) , e foi salva por ela por três vezes (Plano Marshal, ajuda durante a Guerra Fria e apoio à unificação), mas isso não parece demover os líderes políticos da Alemanha. Depois de ter ensaiado na ex-jugoslávia a política de destruição dos povos balcânicos, prepara-se agora para ensaiar a balcanização da União Europeia, acreditando que sairá incólume do desastre.

Com gente como esta a dirigir os destinos da Europa é muito provável que não exista, nem euro, nem União Europeia daqui a cinco anos, e a Europa esteja mais uma vez envolvida num conflito de dimensões trágicas.

É caso para apelar a que, da próxima vez, que já não será na minha geração, os europeus não se dêem ao trabalho de voltar a salvar a unidade alemã, porque estes, assim que estejam recompostos, deitarão às urtigas a solidariedade europeia e regressarão ao velho sonho imperialista de dominar a Europa, seja pela via das armas, seja pela via da economia, ou por ambas.

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