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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OH SENHORA LAGARDE E SENHOR BARROSO!!!: ... É PRECISO MUITO DESCARAMENTO!!

Esta gente já não tem um pingo de vergonha na cara.

No mesmo dia em que o FMI, qual virgem inocente (Lagarde virgem???), veio dizer aquilo que qualquer pessoa de bom senso e a viver no mundo real, sem  formação económica, sem um título de uma qualquer universidade de nome pomposo, sem o salário milionário, isento do pagamento de impostos,  de um economista do FMI, já sabia há muito tempo, ou seja, que as medidas de austeridade estão a afundar os países sujeitos aos programas de ajustamentos impostos por essa mesma instituição, o “ditador” (alguém que governa sem legitimação democrática) Durão Barroso, o patético sr.Rompoy e o sinistro sr. Schäube continuam a insistir na mesma receita de austeridade de sempre.

O sr. Barroso vai ainda mais longe no seu desplante, ao sacudir responsabilidades pelas decisões de austeridade desastrosas, tentando responsabilizar apenas os governos fantoche que governam os países em dificuldade pelo efeito das medidas:


É preciso de facto muito descaramento.

Não é preciso ser economista, andar a estudar nas mais “prestigiadas” universidades de economia do mundo, ou receber salários milionários para trabalhar em  “prestigiadas”(!!!), instituições internacionais (Comissão Europeia, OCDE, FMI, BCE…), para perceber que um aumento brutal de impostos, cortes radicais nos salários e desrespeito criminoso por direitos sociais iriam conduzir países como Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha, Itália, e, a prazo, França e até, no futuro próximo, a própria Alemanha, a um aumento gigantesco do desemprego, da miséria e da pobreza, das desigualdades socias, da recessão, e da conflitualidade social, sem sequer  conseguir cumprir, antes agravando,  aquele que se tornou o objectivo esquizofrénico dessas instituições de baixar o deficit e a divida soberana.

Enfim, pelo menos há uma parte da Troika que começa a abrir os olhos para a realidade, só que provavelmente já vem tarde demais, pelo menos em Portugal, pois, por aqui, temos um governo incapaz de reconhecer erros, até porque, reconhecer os erros punha em causa o único programa deste governo que é cumprir cegamente o programa de saque da Troika, governar para “além da troika”, aproveitando-se da crise para justificar a diabolização dos funcionários públicos e dos trabalhadores e para impor o seu programa de destruição do Estado Social,  e ser o “bom aluno” de uma “escola” rasca (a Comissão Europeia e BCE) com “professores” ignorantes e irresponsáveis (Barroso, Rhen, Constâncio, Rompoy , Merkel …).

Como escrevia hoje no Jornal de Negócios o jornalista celso Filipe, a “Comissão Europeia pertence à categoria daqueles que acertam no euromilhões depois dos números serem conhecidos”, instituição que, após “uma aturada reflexão” conseguiu “descortinar a existência de uma “fissura” social e política em Portugal”. Apesar disso, aquela mesma Comissão Europeia, pela voz do patético Rompoy e do sinistro Schäube reforçaram ontem , o primeiro que “Portugal está no bom caminho” e o segundo na necessidade de continuar com as mesmas medidas de austeridade.

Essa gente começa a ser perigosa para os cidadãos da Europa e para a própria sobrevivência da União Europeia como projecto de paz, projecto esse que, paradoxalmente, recebeu hoje o Prémio Nobel da Paz, prémio que vem à revelia do momento histórico dessa instituição governada por um conjunto de burocratas incompetentes, irresponsáveis, desumanos, ao serviço dos especuladores financeiros  e socialmente criminosos, que estão a pôr em causa a paz social e, a prazo, a paz política do espaço Europeu.

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